Em conversa com jornalistas do The Detroit Free Press nesta semana, Sergio Marchionne foi mais do que direto ao soltar um sonoro "sim" quando questionado sobre a possiblidade de dar independência às marcas Jeep e RAM. Conforme relata a publicação, o executivo admitiu que pensa em desmembrar as duas companhias do grupo FCA e dar a elas o mesmo caminho seguido recentemente pela Ferrari.
A ideia surgiu depois da importância que ambas ganharam dentro do conglomerado. A Jeep, por exemplo, saltou de 500 mil unidades vendidas anualmente em 2008 para consideráveis 1,4 milhão em 2016 - e deve chegar a 2 milhões em 2018. O mesmo vale para a RAM, que ampliou participação e se consolidou como divisão de picapes e veículos comerciais do grupo.
Segundo analistas de mercado, a Jeep vale hoje cerca de U$$ 22 bilhões, enquanto a RAM alcança algo em torno de U$$ 11,2 bilhões. Tamanho valor pode ser usado pela FCA para levantar capital através da venda de ações, exatamente como aconteceu com a Ferrari. Foi por meio da oferta de 10% dos papéis da marca esportiva na bolsa de valores de Nova York que Marchionne angariou polposos 1 bilhão de euros em 2015.
Vale lembrar que a ideia dessa eventual "separação" não é promover mudanças drásticas de atuação dentro das marcas. As consequências mais visíveis seriam concentradas basicamente nas áreas financeira e contábil - e não necessariamente no setor operacional.
Fotos: divulgação
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