Que a Chevrolet precisa ter um modelo mais competitivo entre os crossovers compactos não é novidade. O Tracker, recentemente renovado e com chances de competir de igual para igual com os líderes do mercado, vem importado do México, o que restringe os volumes que podem ser vendidos por aqui. A solução, segundo o colunista Fernando Calmon, é a reforma da fábrica de São Caetano do Sul, que poderia permitir a fabricação do Tracker por aqui.
O modelo é fabricado sobre a plataforma GSV, a mesma de Onix, Prisma, Spin e Cobalt, o que facilita bastante as coisas. Para aumentar a urgência, a Chevrolet lançará no Brasil o Equinox. Previsto para o segundo semestre deste ano, o modelo virá do México (ainda que também pudesse ser fabricado na região, mais especificamente na Argentina, de onde também sai o Cruze).
Com sua importação, a cota para o Tracker diminui. A não ser que a GM queira vender menos crossovers (compacto e médio), do que poderia com sua enorme rede de concessionários. Cá entre nós, quem entra em um jogo de volumes para se contentar com pouco? A argumentação de Calmon faz todo o sentido, ainda que não bata com o que ficamos sabendo. O diretor do Motor1.com, Fábio Trindade, foi informado na avaliação do Tracker de que podemos apostar na nova geração do Tracker, não no atual. A fábrica de São Caetano do Sul estaria sendo preparada para a próxima geração de Onix, Prisma e Tracker, construídos sobre uma evolução da GSV. Eles chegariam em 2019, com novos motores de 3 cilindros.
Ainda segundo Calmon, além do Tracker, a reforma da fábrica de São Caetano do Sul também poderia abrir espaço para a nova geração da Montana. Ela é outro produto que será feito sobre a plataforma GSV. Isso se a GM não preferir criar uma picape médio-compacta, no estilo da Fiat Toro, que exigiria a plataforma D2XX, usada pelo Cruze e pelo Equinox. Ou as duas.
A parte triste desta história toda é que a picape não será mais um projeto brasileiro. O centro de desenvolvimento da GM no país, assim como o de design, foi desativado. Reflexo da crise econômica e do cansaço com as possibilidades nunca realizadas do país. Como o de ter um mercado de mais de 3 milhões de unidades por ano. Ou de ser uma plataforma de exportação. Ou de ser globalmente competitivo... Infelizmente, ficamos sempre na promessa.
Fotos: divulgação e arquivo Motor1.com
Fonte: Coluna Alta Roda, de Fernando Calmon
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