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Volta rápida: Yamaha R3 vem infernizar a vida da Ninjinha

Volta rápida: Yamaha R3 vem infernizar a vida da Ninjinha

Volta rápida: Yamaha R3 vem infernizar a vida da Ninjinha
Acabou a vida mansa da Ninja 300 no segmento das pequenas esportivas. Com a estreia da nova YZF-R3 montada em Manaus (AM), a Yamaha parte para cima do pouco habitado setor de motos esportivas na casa dos R$ 20 mil e, de quebra, reforça a gama brasileira com mais um modelo apresentado na Europa recentemente. Desta forma, a marca dos diapasões segue firme na sua estratégia de fazer um grande lançamento a cada seis meses no Brasil, e já promete uma Copa Yamaha R3 para 2016. CARPLACE MOTO esteve no evento realizado no autódromo Vello Città e pilotou a novidade. Confira a seguir!

O que é?

Irmã menor das R6 e R1, a pequena esportiva já impressiona de cara pelo visual. Ela é mais imponente e agressiva do que se esperaria de uma 300 (mesmo sendo magra), trazendo belos faróis duplos de formato irregular e carenagem bem angulada, além da rabeta estreita com lanterna de LEDs. Também chama a atenção as rodas aro 17" pintadas de azul na moto com pintura prata e azul (a mais bacana na minha opinião), bem como o painel com a agulha do conta-giros voltada para baixo quando o motor está desligado (como nas Ferraris).
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Uma vez montado, agrada a posição de pilotagem não muito avançada, que deve ajudar no dia-a-dia. Apesar de ser uma moto de estilo invocado, a ideia da Yamaha é que ela seja o meio de transporte diário de seus donos - tanto aqueles que estão em busca da primeira esportiva quanto aqueles que já têm uma esportiva grande para acelerar no fim-de-semana e procuram algo mais prático para a cidade. O banco bipartido tem boa acomodação para o piloto (o do garupa é um toco), enquanto o acabamento esmerado parece de moto mais cara.
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Como na rival da Kawasaki, o motor da R3 é um 2-cilindros em linha com comando duplo, 4 válvulas por cilindro e injeção eletrônica. Com diâmetro dos pistões maior que o curso, além do virabrequim a 180 graus, o motor de 320 cc privilegia a potência: são 42 cv a 10.750 rpm, enquanto o torque fica em 3 kgfm a 9 mil rpm. Dadas essas cifras, você já percebeu se tratar de um motor de alto giro, certo? Pois a Yamaha providenciou pistões forjados de alumínio (mais resistentes) e um bloco feito de material composto (80% alumínio e 20% de silício), que ajuda na dissipação de calor. Uma curiosidade é que, no corpo do sistema de injeção, a polia de abertura tem formato oval, de modo a não abrir muito rápido e ocasionar falha na alimentação durante as acelerações.
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Ser magra também fazia parte do projeto da R3. Por isso, o chassi do tipo Diamond com tubos de aço foi projeto para ter o menor número possível de soldas, se tornando mais leve e resistente a torções (tão comuns em pilotagem esportiva). O resultado foi um peso cheio (em ordem de marcha) de esbeltos 167 kg. As rodas aro 17" são de alumínio vestidas com pneus Metzeler, enquanto a suspensão dianteira traz tubos internos de 41 mm nos garfos dianteiros (sem regulagem) e a traseira é monoamortecida, com regulagem da pré-carga da mola em sete posições. Os freios são a disco nas duas rodas, com 298 mm na frente e 220 mm atrás. A versão com ABS, porém, só será oferecida a partir de novembro.

Como anda?

Algumas poucas volta no autódromo são insuficientes para uma conclusão precisa sobre como a R3 vai se posicionar diante da Ninja 300, mas já foi possível tirar algumas conclusões. Como esperado, ela é bem magrinha e leve entre as pernas, encorajando os iniciantes a acelerar sem tanto receio de acabar no chão. Dada a partida, o ronquinho do bicilíndrico é divertido (lembra o da Ninjinha) e o motor sobe de giro com muita facilidade. Solto a leve embreagem e já saio engolindo marcha pra cima pela reta dos boxes.
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Dada a ficha técnica, até que a entrega de torque em baixa não é das piores, mas em ritmo de pista o negócio era sempre andar com o motor "cheio" para respostas mais prontas - o que me fez jogar segunda em diversas ocasiões. A leveza da moto contribui para uma tocada ágil, com mudanças de direção bem rápidas, tornando mais fácil driblar os cotovelos e o "S" do circuito - definido com "bastante técnico" pelo piloto de Moto GP Jorge Lorenzo, que esteve presente ao lançamento. A resposta dos freios é condizente e o câmbio tem engates bem precisos e macios, não dando trabalho ao piloto. Nas chegadas mais fortes nas curvas, era comum sentir a traseira escorregando um pouco, dando mais tempero à brincadeira.
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Pilotos mais experientes vão achar a dianteira um pouco macia e os pneus (110/70 na frente e 140/70 atrás) com desenho street demais, mas lembre-se que a R3 tem como proposta principal o uso urbano, e fazer uma moto muito focada em uso de pista certamente influiria na pilotagem urbana - o que esperamos avaliar num teste completo em breve. Na comparação com a Ninjinha, notei que as marchas são um pouco mais longas, exigindo mais reduções para as retomadas. Em compensação, deve "gritar" menos na estrada.
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Outro fator de destaque é o belo painel de instrumentos. Além do já comentado tacômetro de ponteiro em pé, a R3 tem visor digital com velocímetro, indicador de marcha, relógio, nível de combustível, temperatura d'água, indicador de troca de óleo e até mesmo um shift-light programável - que estava ajustado para começar a piscar a 7.000 rpm na moto avaliada, ficando aceso direto nas 11.000 rpm. Parece painel de moto grande, totalmente em harmonia com o estilo refinado da nova moto.

Quanto custa?

A prova cabal de que a Yamaha quer o mercado da Ninja 300 veio na divulgação dos preços: R$ 19.990 na versão standard e R$ 21.990 na versão com ABS - exatamente os mesmos valores cobrados pela Kawasaki. Fora isso, a Yamaha conta com uma rede muito mais capilar e ainda uma parceria com a Cardif para seguro contra roubo e furto por R$ 2 mil sem perfil de condutor - mediante instalação de rastreador. As vendas começam em setembro, mas com ABS somente em novembro (vale esperar).
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Tamanho apetite da marca fica claro quando sabemos que a meta de vendas da R3 é alta: nada menos que 400 unidades mensais, mais que o dobro da média de emplacamentos da Ninjinha. Conforme promessa feita no Salão Duas Rodas de 2014, a Yamaha agora passa a ser vista como ágil nas decisões e está com um line-up bastante renovado. Falta somente uma rede mais "premium" para lidar com produtos como a MT-09, a MT-07 ou mesmo a nova R3. Algo nos moldes das lojas "Honda Dream" viria a calhar. Por Daniel Messeder, de Mogi Guaçu Fotos: Mario Villaescusa/Divulgação 

Ficha técnica – Yamaha YZF-R3

Motor: dois cilindros paralelos, 8 válvulas, 320,6 cm3, injeção eletrônica, gasolina, refrigeração líquida; Potência: 42 cv a 10.750 rpm; Torque: 3,02 kgfm a 9.000 rpm; Transmissão: câmbio de seis marchas, transmissão por corrente; Quadro: tubular de aço; Suspensão: garfo telescópico na dianteira (130 mm de curso) e monoamortecida na traseira (125 mm de curso) com regulagem da pré-carga da mola; Freios: disco na dianteira (298 mm) e na traseira (220 mm), com ABS; Pneus: 110/70 aro 17 na dianteira e 140/70 aro 17 na traseira; Peso: 167 kg; Capacidades: tanque 14 litros; Dimensões: comprimento 2.090 mm, largura 720 mm, altura 1.135 mm, altura do assento 780 mm, entreeixos 1.390 mm

Galeria de fotos:

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