Novas regras do governo deverão promover aumento de conteúdo nacional nos carros produzidos no Brasil

Novas regras do governo deverão promover aumento de conteúdo nacional nos carros produzidos no Brasil

Novas regras do governo deverão promover aumento de conteúdo nacional nos carros produzidos no Brasil Novas regras do governo deverão promover aumento de conteúdo nacional nos carros produzidos no Brasil
A partir de 2017, todos os automóveis e veículos comerciais leves deverão contar com um percentual de peças produzidas no Brasil ou Mercosul em sua fabricação. O valor, que chega a 70%, só deverá ser obedecido pelas montadoras que quiserem continuar com a isenção da alíquota adicional de 30 pontos percentuais de IPI (Imposto de Produtos Industrializados). As novas regras visam fortalecer a cadeia de autopeças e componentes fabricados no país, alavancar a fabricação de modelos que consumam e poluam menos, estimular investimentos em pesquisa e inovação, além de equipar os modelos aqui produzidos para que possam competir no mercado externo - cujas exigências são maiores e mais rigorosas. Ainda que o aumento nominal do conteúdo nacional seja de apenas 5%, a mudança será maior, já vez que a base de cálculo do percentual será alterada. Hoje, essa conta é feita sobre o faturamento das empresas, cujos gastos com publicidade também são incluídos. Por causa disso, o índice de peças nacionais acabava reduzido para aproximadamente 25%. Com a alteração, esse cálculo passará a ser feito conforme o montante de peças e produtos utilizados de fato na produção do veículo. O governo também determinou que a partir de outubro de 2016 o consumo médio de 14 km/l de gasolina, feito pelos carros nacionais, passe a ser de 15,9 km/l. Caso alguma montadora fabrique um modelo que atinja uma média de 17,3 km por litro de gasolina, a partir de 2017 ela contará com um abatimento de dois pontos percentuais na alíquota básica de IPI. Quanto às emissões de gases poluentes, as marcas terão como meta obrigatória reduzir o consumo nos veículos que serão comercializados entre outubro de 2016 e setembro de 2017. A meta de eficiência energética fixada para 2017, que deve ser desenvolvida no Brasil até 2016, é semelhante à definida pela Europa para ser implantada em 2015. No tocante aos investimentos tecnológicos, as companhias que aplicarem 1% de seu faturamento em pesquisas e desenvolvimento contarão com um abatimento de 1% na alíquota básica do IPI. Atualmente, a alíquota para carros a álcool e flex, com motores entre 1.0 e 2.0, foi reduzida de 11% para 5,5%. Nos modelos a gasolina, com motores similares, ela caiu de 13% para 6,5%. Para o governo, as marcas presentes no Brasil há mais tempo não terão muito com o que se preocupar, uma vez que já estão adaptadas às novas regras de conteúdo local. As novatas, entretanto, serão as mais atingidas pelas medidas. Por Michelle Sá / Fonte: Jornal Floripa
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