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Matéria CARPLACE: Povo mal educado ou mal orientado?

Matéria CARPLACE: Povo mal educado ou mal orientado?

Matéria CARPLACE: Povo mal educado ou mal orientado?
Existem diversas maneiras de ser saudável e viver positivamente. É certo que a consciência de cada um é que vai orientar seu comportamento em relação ao meio em que vive. E, convenhamos, não estamos entre os povos mais corretos, para não dizer educados, do mundo. Não pensem, por favor, que esteja generalizando. Existem pessoas ambientalmente corretas e educadas no Brasil, sim. Mas, sejamos sinceros, você realmente acha que a grande maioria do povo brasileiro está preocupada em jogar o lixo dentro do recipiente certo ou mesmo guardá-lo no carro para não atirá-lo na rua? Quando me mudei para uma capital fui morar em um bairro central. Sou testemunha do trabalho dos garis. Era impressionante o que eles enfrentavam. Varriam e lavavam a rua e em um curto período de tempo o local já estava sujo novamente. Não estou exagerando. Tenho certeza de que muitos veem o mesmo acontecer em outros lugares. O mais impressionante era observar os transeuntes arremessarem o lixo nos locais há pouco limpos. Pior, olhando para os varredores e fazendo isso como se fosse a coisa mais natural do mundo. Quanto descaso! E a contribuição que os motoristas dão não é de forma alguma diferente. De latas de refrigerante e cerveja, garrafas de água, pontas de cigarro, papéis a restos de comida; tudo isso comumente é atirado pelas janelas dos carros. Outro dia, quando retornava de uma viagem, um motorista atirou uma lata de refrigerante pela janela enquanto ultrapassava meu carro. Como chovia e ventava muito, a lata, por pouco, não atingiu o veículo. Pensando bem, que tipos de motoristas encontram-se espalhados pelo país? Temos pessoas imprudentes, nervosas, desrespeitosas e sujas. Afinal, já diz um ditado: “costume de casa se leva à praça!” Dando mais um exemplo de desrespeito, é incrível a quantidade de “amputados” dirigindo. O porquê do termo? Ora, basta observar quantos condutores acionam as sinaleiras para informar o que vão fazer: se irão dobrar em uma rua, se mudarão de faixa ou se irão ultrapassar outro carro. Ao menos na cidade onde vivo atualmente essa é uma atitude em franca extinção. Mais interessante e constrangedor é perceber que esses mesmos cidadãos adquirem imediatamente os órgãos superiores quando precisam acionar suas buzinas. Você pode ser o quinto da fila, o sinal sequer ficou verde e lá está o dito cujo buzinando para você engatar a primeira e sair. Como? Só se for voando! Por falar em voar, imaginem a quantidade de imprudências se já estivéssemos na era dos Jetsons, aquela família do desenho animado? O sistema de defesa adotado é culpar o governo pelos escassos investimentos em educação e esconder os atos imprudentes sob a desculpa de que as leis não funcionam, o que, em grande parte, é verdade. Nosso código de trânsito abençoa os irresponsáveis. Mas, o que dizer do povo alegre, festeiro e que não desiste nunca? O problema é descobrir a que cada um de nós se refere quando falamos que não desistimos nunca. Que tal não abandonar a ideia de ser melhor e agir corretamente? De procurar e exigir seus direitos e não se omitir diante dos erros? Atitude costumeira de muitos é informar onde estão as blitz realizadas pelo Detran ou, quando é o caso, dar sinais de luz para avisar que a Polícia Rodoviária Federal está por perto. Diante disso, como podemos falar da omissão das autoridades se todos têm suas parcelas de culpa? Para não me acusarem de injustiça por abordar o assunto, afirmo que fui e sou testemunha de excelentes exemplos de educação nas diferentes regiões do Brasil por onde andei. Durante uma viagem, enquanto meu marido e eu aguardávamos que um ônibus terminasse de manobrar para estacionar, uma fila de carros se formou atrás do nosso. Por aproximadamente 10 minutos todos esperaram pacientemente sem que um único sinal sonoro fosse ouvido para que o motorista se apressasse. Quando tudo terminou cada veículo seguiu seu caminho sem que reclamações, de qualquer espécie, fossem feitas. No dia seguinte fui embora do local que, por alguns dias, fez-me esquecer de como era morar em uma cidade onde as pessoas ao invés de dar bom dia dizem: - Anda logo! Ah, sou brasileira e não desistirei nunca de insistir em mudanças para que meu país seja um exemplo positivo quanto à educação de seu povo. Por: Michelle Sá
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