O novo Renault Kardian é o primeiro modelo completamente novo que chega com a missão de iniciar uma revolução. Com uma das fábricas mais modernas no país, a montadora acelera para um novo patamar com o lançamento de seu novo SUV compacto construído sob uma nova plataforma, com um novo motor 1.0 turbo e até uma nova transmissão automática. Será que a novidade é capaz de incomodar rivais como Volkswagen Nivus e Fiat Pulse? Isso é o que vamos te contar agora.
O Kardian chega com a missão de ser uma opção interessante no concorrido segmento de SUVs compactos. Seus rivais declarados são Volkswagen Nivus e Fiat Pulse, especialmente, ambos turbinados e recheados. Para entrar nesse pelotão, a engenharia brasileira teve a missão de desenvolver o SUV compacto sob a Renault Group Modular Plataform, a inédita plataforma modular do grupo Renault. Mais sofisticada, versátil e segura, foi o ponto de partida para a construção do mais refinado carro nacional da Renault.
Seu estilo até carrega alguns elementos do Dacia Sandero Stepway, como as caixas de rodas traseiras ressaltadas e até o desenho das portas. A partir daí, tudo é novo. Dianteira recebe a nova identidade da Renault, com grade, faróis em LEDs divididos e até o novo logo da Renault inserido numa grade com relevos no formato de diamantes em toda sua extensão. Na traseira, lanternas no formato bumerangue casaram bem as linhas mais fluídas da tampa do porta-malas.
Seu porte é ligeiramente maior que o Stepway (que segue em linha). Mede 4,11 m de comprimento, 2,60 m de entre-eixos, 1,75 m de largura e 1,60 m de altura. Números bem próximos dos rivais Volkswagen e Fiat. Suspensão mais elevada, rodas com aro de 17 polegadas e a tradicional moldura plástica nos paralamas compõe a receita do estilo mais aventureiro. No para-choque dianteiro ainda há espaço para luzes de neblina na parte inferior, quase escondidas, enquanto o para-choque traseiro esconde a saída do escape. Sinal dos novos tempos.
O rack de teto, item praticamente obrigatório em modelos deste tipo, também está presente, mas com um importante diferencial. Além de ter a função estética, o rack pode ser utilizado para fixação de acessórios na transversal ou longitudinal - suporte de bicicletas, pranchas ou bagageiros, por exemplo.
Por dentro, quase tudo é novo. Volante, botões do ar-condicionado e tela da central multimídia são os mesmos do Renault Duster. Todo o restante é diferente do que a marca possui aqui. Para quem ainda tenta enxergar o Dacia Sandero, verá que o Kardian evolui em desenho, acabamento e até em algumas soluções inéditas, como o joystick para o câmbio automático. Freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado digital, modos de condução e o ambient lighting, com personalização com oito cores diferentes, são boas novidades frente aos rivais.
O espaço interno é muito bom, os bancos dianteiros tem desenho inédito, são largos e bem anatômicos com uma posição de dirigir alta, mas os ajustes são manuais. O quadro de instrumentos é inteiramente digital e com algumas variações de acordo com o modo de condução escolhida. A central multimídia é uma tela de 8 polegadas pareada com Android Auto e Apple CarPlay, sem fio. Passageiros do banco traseiro também desfrutam de bom espaço e terão à disposição tomas USB, mas não as saídas centrais de ar condicionado. Em relação ao porta-malas, a capacidade é de 410 litros.
Nova plataforma, novo motor e novo câmbio. Sim, o Kardian oferece a melhor dirigibilidade entre os Renault produzidos no Brasil. Debaixo do capô está o motor 1.0 turbo, de três cilindros e injeção direta. É basicamente a versão 3-cilindros do motor 1.3 turbo que está no Duster e Oroch, compartilhando cerca de 70% dos componentes. Em resumo, é um motor desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz. Flex, rende 120 cv e 20,4 kgfm com gasolina e 125 cv e 22,4 kgfm com e etanol.
Outra boa novidade é o câmbio automatizado de dupla embreagem com seis marchas. Antes de você torça o nariz, a Renault avisa a plenos pulmões que esta transmissão tem a dupla embreagem banhada a óleo. O projeto é da americana Magna Powertrain e chega, por enquanto, importada da China. Não haverá versão manual.
Ao assumir o cockpit, a ergonomia geral é boa. Regulagem de altura e profundidade do volante bem como ajuste de altura do banco do motorista permitem encontrar a melhor posição para dirigir, o que surpreende. Ao ligar o motor por botão nota-se a presença do motor 3-cilindros com uma leve vibração e só. Com um projeto moderno, o Kardian se desloca com suavidade em trechos urbanos, quase que sem delay do turbo e sem trancos nas trocas de marchas.
A suspensão traseira usa eixo de torção, mais leve projetado para alta durabilidade em projeto derivado do Clio europeu. A Renault explicou que a suspensão dianteira possui um subchassi inédito, com alta rigidez, e com buchas verticais além da barra estabilizadora.
Mas indo ao que interessa, o Kardian agrada ao volante com suas respostas rápidas do motor 1.0 TCe, o qual entrega a totalidade de torque a cerca de 1.250 rpm. Velocidade avança dentro do esperado para o segmento, sem decepcionar.
Na estrada foi bem. Chamou a atenção pelo baixo ruído interno, aparentemente melhor que os principais rivais. A estabilidade em velocidades mais altas e entradas em curvas também agrada, permitindo uma condução segura e sem sustos. Destaque para os 12 ADAS, em especial o piloto automático adaptativo e o assistente de permanência em faixa. Para o uso urbano, a frenagem automática de emergência deve evitar colisões por pequenas distrações.
Há também a possibilidade de escolher entre três modos de condução, através da tela do multimídia ou de um botão. Cada modo é otimizado para um estilo ou situação de condução específica: My Sense (personalizável), Eco e Sport. O sistema atua na calibração do sistema de direção, do motor e da caixa de câmbio ajustando diversas configurações, como resposta do pedal do acelerador, esforço de direção, display do painel de instrumentos do motorista e iluminação ambiente.
O Kardian chega em 3 versões, todas equipadas com o mesmo conjunto 1.0 Turbo com câmbio automatizado de dupla embreagem. O Kardian mais barato é o Evolution 1.0 Turbo e custa R$ 112.790 enquanto a versão intermediária Techno 1.0 Turbo chega por R$ 112.990.
O nosso primeiro contato foi apenas com a versão mais recheada, Kardian Premiere Edition que tem preço de R$ 132.790 neste lançamento. Fazem parte da lista de série os faróis com assinatura luminosa em LED, barras no teto funcionais em alumínio, frenagem automática de emergência, alerta de colisão frontal, freio de estacionamento eletrônico, console elevado com apoio de braço, acabamento em revestimento premium, rodas com aro de 17 polegadas diamantada, racks de teto com acabamento em prata, 6 airbags, assistente de partida em rampa, controle e limitador de velocidade.
É nesta versão que está o pacote completo de segurança (ADAS) com controle de velocidade adaptativo, alerta de distância segura, alerta de ponto cego, câmera multiview, sensores de estacionamento frontal e sensor crepuscular (acendimento automático dos faróis) e também as luzes ambientes multi-sense, carregador de smartphone por indução antena shark, teto biton e faróis de neblina.
Mas o que você quer saber mesmo se é melhor que os rivais, não é? O Kardian entrega um projeto moderno, muito bem equipado e recheado de sistemas de segurança. Também oferece a melhor dirigibilidade de um Renault nacional, bem como a sensação de qualidade percebida em sua construção. Tudo isso embalado em preços extremamente competitivo em frente ao Volkswagen Nivus, que pelo mesmo preço entrega menos. Em relação ao Pulse, coloque na conta o maior espaço interno na conta.
Resumindo, a Renault começa uma verdadeira revolução francesa frente aos alemães e italianos com o novo Kardian. E a melhor parte dessa guerra declarada é que o vencedor será o consumidor por poder ter mais por menos.
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