Não parece, mas o Citroën Xantia já está fazendo 30 anos. Essa sensação é absolutamente normal quando falamos de carros da década de 1990, ainda mais quando se trata de modelos da marca francesa num período em que a inovação e recursos bem à frente do tempo eram suas marcas. A famosa suspensão hidropneumática controlada eletronicamente é um bom exemplo.
Apresentado mundialmente no Salão do Automóvel de Genebra em março de 1993, o Citroën Xantia está completando 30 anos. No período em que esteve em produção, entre 1993 e 2010, o sedã 1.326.259 unidades fabricadas, com o maior montante saindo da linha de montagem da fábrica de Rennes–la-Janais, na França. Com algumas linhas inspiradas no famoso sedã grande quadradão XM, o Citroën Xantia teve seu desenho finalizado no centro de estilo Citroën a partir da proposta do centro de estilo italiano Bertone.
Com 4,44 metros de comprimento e entre-eixos de 2,74 metros (o que lhe garantia um espaço interno elogiável), o Citroën Xantia tinha carroceria com formas até simples, mas bem definidas com seu capô longo em forma de cunha e traseira mais curta, com o balanço traseiro sendo menos pronunciada que os sedãs da época. Havia ainda o diferencial do vidro traseiro que abria junto da tampa. O sucesso de crítica foi imediato, pois o sedã francês foi eleito o melhor carro do ano em 1993 pouco tempo depois do seu lançamento.
A oferta de motores era respeitável e com diversas opções. Contava com motor 1.8 aspirado de 103 cv e 15,6 kgfm; 2.0 de 8 válvulas que rendia 123 cv e 17,9 kgfm e outro 2.0 de 16 válvulas mais potente com seus 155 cv e 18,6 kgfm. Motores a diesel também estavam no catálogo, a exemplo do 1.9 de 69 cv e outro 1.9 turbodiesel de 92 cv. Durante os 9 anos em que foi produzido, o Xantia passou por várias evoluções e no início era comercializado em duas versões (SX e VSX). No Brasil, o Xantia estreou em 1994 nas versões VSX. As variantes Activa, Break e o motor V6 chegaram posteriormente.
O Citroën Xantia tinha como destaque a sua suspensão hidropneumática Hydractive II, sistema que controlava a suspensão eletronicamente, o que ajudava a reduzir o rolamento e melhorar a dirigibilidade do sedã, isso sem esquecer do conforto. O sedã adotava esferas preenchidas por fluido em vez de ter uma suspensão convencional com molas e amortecedores. A suspensão hidropneumática do sedã era equipada com uma esfera adicional por eixo, que podia ser ativada por meio de válvulas solenoides integradas ao circuito normal com uma esfera por roda.
Na prática, esse sistema permitia o carro ter dois perfis de flexibilidade e amortecimento da suspensão: uma flexível e uma esportiva, deixando a rodagem mais confortável ou mais firme. Os sensores permitiam que o computador escolhesse entre os dois modos, dependendo da situação de condução (uso do acelerador, forma de condução ao volante e freios).
Em parceria com a Michelin, a Citroën criou pouco tempo depois uma tecnologia exclusiva para a produção de pneus específicos para o sedã. Em 1997, o Xantia passou por uma reestilização, enquanto que em 1998 o sedã estreava pelo Grupo PSA o até então novo motor diesel 2.0 HDi, que contava com um sistema de injeção de diesel de alta pressão.
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