Derivado do Uno, o Fiat Prêmio foi apresentado em março de 1985. As linhas quadrados do hatch davam um melhor aproveitamento do espaço interno e seu porta-malas destacado, com 530 litros, era o maior da categoria - um número que chama a atenção até hoje. Diferenciava-se também por ter a tampa traseira com abertura desde o para-choque, algo que Chevrolet Chevette, por exemplo, não tinha. Isso facilitava o acesso de carga e bagagens.
O Prêmio foi produzido no Brasil de 1985 a 1994, sendo que em 1995 ele passou a ser importado da Argentina como Duna, mas saiu de linha em seguida. A Fiat ficou sem um representante no segmento até a chegada do Siena em 1997, derivado do Palio. O tempo passou e a Fiat hoje ainda vende o Grand Siena, derivado do último Palio, e também o Cronos, derivado do hatch Argo e produzido na Argentina. Coincidência? Ou aprendizado?
O Cronos aprendeu com o Prêmio que um sedã compacto precisa ter um grande porta-malas. Ele leva 525 litros, mais que os 521 litros do rival Volkswagen Virtus. Como o Prêmio, traz o mesmo espaço interno do irmão hatch, o Argo, mas não tem o mesmo aproveitamento interno que o derivado do Uno tinha. Aliás, enquanto o Cronos está dentro da média neste quesito no segmento, o Prêmio de destacava diante de Chevrolet Chevette e Volkswagen Voyage.
O Cronos tem sistema multimídia e painel com tela digital de 7" dependendo da versão, mas o Prêmio inovou ao trazer o computador de bordo, com informações como consumo e autonomia do tanque. O que hoje é comum, na época era algo que apenas modelos mais caros e refinados ofereciam. O Prêmio estava disponível em carrocerias com duas ou quatro portas.
A motorização básica do Prêmio era 1.3 com câmbio manual de 4 marchas, seguida pelo 1.5 de 71,4 cv e 12,3 kgfm de torque, com câmbio manual de 5 marchas - em 1993, o Premio ganhava o sistema de injeção eletrônica monoponto. Em 1991, nascia o Prêmio CSL, com motor 1.6 de 84 cv, sendo que em 1994 recebia injeção multiponto e chegava aos 83,1 cv e 13,2 kgfm de torque.
Hoje, o Cronos tem o motor 1.3 Firefly de 101/109 cv e 13,7/14,2 kgfm de torque com câmbio manual de 5 marchas e o 1.8 de 135/139 cv e 18,8/19,3 kgfm com câmbio automático de 6 marchas.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
As marcas obscuras que chegaram ao Brasil na febre de consumo do pós-guerra
Porsche inicia pré-venda do novo 911 Carrera GTS por R$ 1.127.000
História automotiva: Jaguar XK120 e E-Type, os belos que também eram feras
Espanhóis chamam Mobi de "o Fiat Panda que queremos"
Volkswagen comemora os 65 anos de seu complexo industrial na Via Anchieta
BMW é a 1ª a montar híbrido plug-in no Brasil com o novo X5 PHEV
Hildebrand & Wolfmüller, a mãe de todas as motos, teve um fim melancólico