O saldo de 2019 foi positivo. Diversos lançamentos, com as atualizações dos principais nomes do mercado brasileiro, como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Toyota Corolla, e a chegada dos híbridos e elétricos em uma quantidade antes nunca vista no Brasil. Ao mesmo tempo, rolaram algumas despedidas, umas já esperadas, outras quase surpresas e até bastante lamentadas. Segue então o obituário do ano que se encerra na próxima semana:
O fim do subcompacto chinês teve um impacto maior por marcar o fim do carro 0km abaixo dos R$ 30 mil no Brasil do que propriamente pelo modelo em si. Em agosto, os concessionários já não aceitavam encomendas e trabalhavam apenas com um (pequeno) estoque vindo da fábrica de Jacareí (SP). A oficialização do fim da produção aconteceu apenas em novembro, quando o QQ sumiu do site da marca e deixou o Fiat Mobi como o carro mais barato do país.
Em 2018, a minivan já havia perdido suas versões mais baratas. Em maio deste ano, a linha completa deixou de ser importada da França, o que de abre espaço para um novo modelo ocupar o topo da gama da marca francesa. Foi confirmada a chegada do C5 AirCross, um SUV primo do Peugeot 3008, em 2020 - e há quem aposte em versões híbridas. É um movimento global a troca de minivans por SUVs, e com a Citroën não será diferente.
Em janeiro, acendeu o primeiro sinal de que as coisas não estavam boas para o Fiesta. Renovado em 2017, ele perdeu de uma vez diversas versões e a variante Sedan, importada do México, sinalizando que a chegada de um Ka mais completo e com câmbio automático tinha prejudicado as vendas da família. Em fevereiro, a maior bomba: o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) colocaria fim não só ao Fiesta, mas também a Ford Caminhões e a centenas de empregos.
Em junho, após 24 anos, o Ford Fiesta se despediu do Brasil. Foi uma das mortes mais emblemáticas do ano pois, além de um importante modelo, também marcou o fechamento de uma das fábricas de automóveis mais antigas do país.
Já ofertado em nova geração na Europa, o Fiesta deixou sua vaga para o Ka por aqui. Uma pena, pois o mercado de hatches compactos "premium" vem crescendo e tende a aumentar nos próximos anos...
Fãs da hatches médios, este obituário é um atestado de tristeza para o segmento. O Focus deixou nosso mercado em junho, algo que já era esperado ao menos desde outubro de 2018, depois que fornecedores da fábrica na Argentina avisaram sobre o fim iminente do modelo. O Fastback, nome da versão sedã, também deixou o país meses depois. A Ford terá diversos lançamentos em 2020, mas nada de hatch ou sedã, apenas picapes, SUVs e uma nova versão do Mustang.
A Peugeot terá boas novidades para 2020. Mas, em 2019, a marca francesa tirou o hatch 308 e o sedã 408 de linha no Brasil para focar na linha 208 e nos SUVs 2008, 3008 e 5008. Produzida na Argentina, a dupla já não estava alinhada ao mercado europeu (uma geração à frente), mas tinha preços competitivos e motor 1.6 turbo de 173 cv com câmbio automático de 6 marchas. O fim aconteceu em fevereiro.
Pela segunda vez na história, o Volkswagen Golf deixa de ser produzido no Brasil - e dessa vez não deve voltar. Tudo começou com o fim de um dos carros mais interessantes de nosso mercado, a perua Golf Variant, que deixou de ser importada do México em fevereiro. Depois, a chegada do T-Cross tirou da fábrica de São José dos Pinhais o Golf nas versões turbo 1.0 e 1.4, restando apenas o GTI em linha. A produção do esportivo em 2018 ainda permitiu à marca trabalhar com estoque até dezembro, mas agora foi substituído pelo híbrido Golf GTE, este importado da Alemanha. Aguardamos a oitava geração dos GTI e GTE para 2020.
O Fox segue firme e forte na linha. Mas a perua SpaceFox se despediu do nosso mercado, sendo que em janeiro a linha de montagem estava sendo leiloada na Argentina. Em outubro, ela deixou de ser oferecida em nosso mercado e colocou um fim na sucessora espiritual da Parati.
Honda Civic Sport, Citroën C4 Lounge, Peugeot 2008, Peugeot 208 GT e Jeep Renegade. Em comum, todos perderam suas versões com câmbio manual em prol do conforto do automático e acabando com o prazer de dirigir de quem prefere os três pedais. É uma tendência de mercado, que cada vez mais é representado pelas transmissões automáticas, restando a manual apenas para os carros mais baratos ou esportivos específicos.
Sim, o Prisma morreu, mas passa bem. O nome acabou com a chegada do Onix Plus e ele foi rebatizado como Joy Plus, numa estratégia global da General Motors. Porém, sedã do primeiro Onix segue em linha e vendendo bem. Apenas o nome que nasceu com o sedã do Celta deixou nosso mercado em 2019.
Com uma linha dominada pelos SUVs (XC40, XC60 e XC90), a Volvo deixou para depois a tarefa de desenvolver uma nova geração para o hatch médio V40. Faz sentido, pois é um segmento em baixa - principalmente no Brasil. Então, o V40 deixou aos poucos de ser oferecido por aqui, agora não mais constando do site da empresa no país. Rumores sobre um sucessor dão conta de que será mais um crossover do que propriamente um hatch médio.
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