Para muitos de nós, amantes de carros, nossa paixão automotiva não é limitada apenas às ruas. Graças a, possivelmente, uma das maiores invenções do século XX, os videogames, desde os anos 1970 nós somos capazes de nos divertir queimando pneus na sala de casa. Mas uma questão continua pertinente: qual é o melhor game de carro de todos os tempos?
Novas versões de Forza, Gran Turismo, Dirt e outros continuam a saturar o mercado e, agora em 2017, nós achamos que devemos nos aventurar pelas quase quatro décadas de pilotagem virtual e montar uma lista do que acreditamos ser os 10 melhores jogos de carros de todos os tempos. Alguns games são tão antigos que foram lançados em 1982, outros são bem mais recentes. Claro que nem todo mundo irá concordar com nossas escolhas, então fique à vontade para reclamar bastante nos comentários abaixo.
Crazy (louco, em inglês) é a palavra-chave aqui. O jogo mais amado de táxi foi lançado pela Sega em 1999, primeiro para os arcades, depois seguindo para consoles como Nintendo GameCube, Sega Dreamcast e Sony PlayStation 2 nos anos seguintes. O objetivo era andar por aí levando passageiros para seus destinos o mais rápido possível. Pode ficar no final da escala de realismo, mas estava no topo da escala de diversão. Talvez seja hora de, quem sabe, criar uma nova versão chamada Crazy Uber?
– Jake Holmes
Forza Motorsport 6 foi o primeiro simulador de corrida a aproveitar tudo o que o Xbox One podia oferecer, com gráficos divinamente bons e, talvez, a melhor física já criada para um jogo de corrida. Não apenas resolveu os problemas do Forza 5 como também sua comunidade online e a Inteligência Artificial superavançada aumentaram vertiginosamente seu fator "quero jogar de novo". Ponto positivo por ter usado os rapazes do Top Gear para descrever alguns carros dentro do game.
– Seyth Miersma
O que pode ser melhor do que derrapar Subaru e Mitsubishi virtuais em algumas das pistas de terra mais desafiantes do mundo? Colin McRae Rally – agora conhecido apenas como Dirt – foi lançado em 1998 para o PlayStation original e Microsft Windows e incluía de cara uma variedade de carros, circuitos e opções de personalização. Era o mais perto que você poderia chegar de uma etapa de rali sem ficar com lama entre as unhas e gerou 11 sucessores diferentes, incluindo a versão mais atual, Dirt 4, que foi lançada há alguns meses.
– Jeff Perez
A Electronic Arts lançou o primeiro Need For Speed em 1994 para PlayStation, iniciando a tão amada franquia, mas só na terceira versão, em 1998, que a série atingiu a fama. Need for Speed II: Hot Pursuit te dava a oportunidade de fugir da polícia (ou estar do lado da lei) enquanto ficava atrás do volante de alguns dos supercarros mais exóticos do planeta; tudo desde Ferrari 550 Maranello a Jaguar XJR-15 e a Mercedes-Benz CLK GTR.
O Hot Pursuit original levou a mais cinco jogos da franquia com o tema de perseguições policiais. Embora não tenha o conceito de mundo aberto que os fãs da série aprenderam a amar nos games atuais, ele compensava pelos gráficos de alta qualidade e jogabilidade intensa. Afinal, você era um garoto fugindo da polícia.
– Jeff Perez
O pioneiro dos jogos de kart no mundo dos videogames, o Super Mario Kart continua muito bom até hoje. Foram lançadas várias sequências para a série, todas seguindo a mesma fórmula, porém devemos dar crédito ao original. Ele oferecia um ponto de entrada simples para gamers de todos os níveis de experiência, mas suas pistas tinham vários segredos e atalhos para aqueles que queria marcar um tempo mais rápido do que seus amigos – amigos que estavam, é claro, sentados ao seu lado no sofá. Ah, e ainda tem o melhor modo de batalha de todos os jogos do Mario Kart.
– Daniel Barron
Outrun é mais um jogo de dirigir do que um game de corrida. O motorista, supostamente você, e uma bela loira dirigem por lindas e ondulantes estradas em uma Ferrari Testarossa conversível. Escolha sua música favorita antes de começar a partida e atravesse cinco fases até a linha de chegada. Ao final de cada estágio, podemos escolher o próximo caminho, o que dá um total de 15 áreas para explorar, e o cenário muda bastante, variando de vias com moinhos de vento ao fundo para ruas por baixo de vários arcos de pedra. Para deixar a experiência ainda mais imersível, a versão de luxo do arcade tinha uma cabine com um assento que se move.
– Chris Bruce
F-Zero X é muito mais brando do que seu sucessor F-Zero GX, só que continua insanamente rápido e tem uma das melhores direções de arte de todos os jogos do Nintendo 64. O gráfico não é tão detalhado, para manter a jogabilidade bem rápida, rodando a macios 60 quadros por segundo. Nunca fica lento, mesmo com trinta pilotos na pista.
Há uma enorme variedade de pistas e pilotos, e é um dos poucos games que usam o Nintendo 64 Disc Drive para aumentar ainda mais essa quantidade, o que é legal mesmo que seja praticamente impossível de encontrar. Há músicas icônicas, um incrível cenário sci-fi e modo para quatro jogadores em tela dividida. Existem várias cópias hoje em dia, algumas muito boas, como o Fast RMX, mas os fãs ainda esperam por um verdadeiro F-Zero moderno – e por um bom motivo.
– James Bradbury
Gran Turismo 2 pegou o conceito bem-sucedido de um game de corrida poligonal da primeira versão e explodiu com ainda mais carros e gráficos melhorados que levaram o PlayStation ao seu limite. Os GTs mais atuais, é claro, têm gráficos maravilhosos, mas, antigamente, a seleção de carros, habilidade de prepará-los e os incríveis ângulos de câmera e passagens dos replays eram mais importantes do que o quão bons os veículos pareciam. Agradeça a esse jogo por tornar o gênero tão popular antes de Forza e outros aparecerem.
– John Neff
Nos primeiros dias dos games – 1982, para ser exato – este era o jogo de corrida definitivo e era extremamente popular nos fliperamas. Pole Position foi o primeiro game do gênero a ter uma pista de verdade, a Fuji Speedway, e era tão popular que teve uma sequência, Pole Position II. Foi relançado para vários dos primeiros consoles criados, como Atari 2600, Atari 5200 e Intellivision, e aguenta o teste da idade pela sua impressionante atenção aos detalhes.
– Chris Smith
Há algo que certamente pode ser dito sobre o Gran Turismo original. Ele mudou o jogo (sem trocadilhos) para os games de corrida. No entanto, muitas pessoas apontam Gran Turismo 4 como o ápice da série, e por bons motivos. Não apenas foi lançado com 650 carros, como também introduziu várias pistas reais à franquia, incluindo a poderosa Nürburgring Nordschleife e o Circuito de La Sarthe. E não é só isso: os gamers mais aventureiros poderiam encarar os dois trajetos em verdadeiras provas de resistência que se passavam por 24 horas. Vinte e quatro horas jogando sem parar? COM. CERTEZA.
Gran Turismo 4 também se sobressai sobre os demais por trazer uma das coisas que os entusiastas compartilham: o amor em tirar fotos legais de carros legais. O modo de fotos do GT4 é fácil de usar e permite que os jogadores coloquem os automóveis em lugares especiais ou tirem fotos da ação em qualquer pista. Era tão bom que, às vezes, era difícil distinguir uma foto real de uma feita no game.
O jogo foi a canção do cisne para o PlayStation 2, encerrando seu ciclo. Demorou muito tempo para ser lançado, mas valeu a espera. GT4 é o mais perto da perfeição que qualquer game de corrida – do passado ou do presente – jamais chegou.
– Chris Smith
Carmageddon:
Jogos de corrida tradicionais são divertidos, mas correr enquanto bate nos outros e ainda passa por cima de algumas pessoas é ainda mais divertido. Jogar é sobre um mundo de fantasia, sobre fazer algo que nunca faríamos na vida real, e Carmageddon é um belo exemplo. Se estivéssemos fazendo uma lista dos 11 melhores, Carmageddon teria entrado.
Cruis'n World: Cruis’n World foi criado sobre o não-tão-famoso Cruisn’ USA, lançado dois anos antes. Pistas melhores, carros mais legais e cenários que foram capturados digitalmente por artistas em uma viagem ao redor do mundo fizeram deste jogo um dos sucessos do Nintendo 64 e dos fliperamas.
Midnight Club: Essa série utiliza um mundo aberto que recria várias das cidades mais importantes do mundo. Você dirige carros não-licenciados (como por exemplo o Citi Turbo, que parece muito com um Honda Civic modificado) e motocicletas. A melhor parte, sejamos honestos, era a habilidade de amassar, bater, pular e derrapar com carros virtuais pelas ruas escuras das cidades, incluindo bater contra os carros que passavam por aí e usar nitro para acelerar ainda mais. Não era muito realista, mas era muito divertido.
Fotos: reprodução e divulgação
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