Já dirigimos: BMW X7 é um transatlântico de luxo sobre rodas
Ele coloca a marca bávara na briga dos SUVs de 7 lugares e chega ao Brasil ainda neste ano
A BMW continua investindo pesado em sua linha de SUVs. Após o pioneiro X5, a marca bávara explorou o segmento mais abaixo com o X3 e, mais tarde, o X1. Depois foi a vez dos esportivos X6 e X4. Agora chegou a hora de olhar para o topo e desenvolver um SUV a partir de seu sedã mais caro, o Série 7. Assim nasceu o X7, um verdadeiro transatlântico de luxo sobre rodas, com 5,15 metros de comprimento e a possibilidade de configurar a cabine com 7 assentos (de série) ou 6 de forma opcional (na configuração 2+2+2).
Galeria: BMW X7 2019
Considerado um dos mostruários de tecnologia da BMW na atualidade, o X7 foi pensado inicialmente para os mercados norte-americano e chinês. Daí suas grandes dimensões e a adoção de mais uma fileira de assentos, uma característica até então inexistente na família X da marca alemã.
Outros dados que dão ideia das proporções do gigante alemão são seus 2 metros de largura, sem contar os retrovisores, além dos 3,10 m de distância entre-eixos.
Apesar de seu tamanho, o X7 recorre a detalhes estéticos que o deixam facilmente reconhecível como um BMW. Por exemplo, a grade duplo rim, que neste caso ficou ainda mais destacada e abriga um sistema de aerodinâmica ativo. O desenho dos faróis principais, full-LED, é muito mais rebuscado do que nas últimas criações da fabricante e, como opcional, o SUV pode receber os sofisticados faróis BMW LaserLight.
A vista lateral do X7 também transparece seu porte magnífico. A altura é de 1,80 metro e as rodas de série são de aro 20", podendo ser de 22" como opcional.
Passando à traseira, as colunas adotam um desenho estilizado, que reforçam a largura do bicho. Como detalhes de comodidade, encontramos a abertura elétrica da tampa do porta-malas e a inclusão de uma "bola" de reboque retrátil eletricamente. As regulagens das segunda e terceira fileira de assentos são feitas também eletricamente, por meio de botões posicionados na lateral do porta-malas. E o espaço é bom mesmo para a "turma do fundão".
O espaço para carga, por sua vez, oscila entre 326 litros com os sete lugares montados até os 750 litros na configuração com quatro ou cinco assentos (pode chegar a um total de 2.120 litros com a segunda e terceira filas rebatidas).
No plano mecânico, as versões oferecidas no lançamento são uma a gasolina (xDrive40i de 340 cv) e duas a diesel (xDrive30d de 265 cv e M50d de 400 cv). Em todos os casos, os motores têm arquitetura de seis cilindros em linha e trabalham junto a um câmbio automático de 8 marchas e ao sistema de tração integral xDrive.
Como opcional, pode se pedir o pacote "Off-road" para o sistema de tração, que inclui os modos X Gravel, X Sand, X Rock e X Snow, para uso na terra, areia, pedra e neve, respectivamente. O único que não pode receber este item é o X7 M50d, pois o recuso não é compatível com o diferencial esportivo M que equipa este modelo mais potente da gama.
A suspensão pneumática adaptativa é item de série e combina muito bem com um veículo destas dimensões e peso.
No capítulo dinâmico, a primeira coisa que chama a atenção é a facilidade com que ganhamos velocidade. Variando entre os modos de condução no sistema Driving Experience Control, o SUV alemão de fato transmite reações diferentes. Obviamente, as inércias se notam desde a primeira freada e, a medida em que aumentamos a velocidade, devemos aumentar também essa distância prudencial antes de encarar uma curva. Nos modos mais conservadores, o X7 revela uma comodidade e capacidade de absorção incríveis.
No entanto, quando necessitamos aumentar o ritmo, se faz imprescindível ativar os modos Sport ou Sport Individual. Assim, comprovamos como a direção enrijece sua assistência, a transmissão troca de marcha mais rápido e a suspensão perde aquela comodidade, em favor de uma maior rigidez para menor balanço da carroceria.
Neste caso, o X7 volta a surpreender, mostrando agilidade incomum para um SUV de mais cinco metros de comprimento e que supera os 2.300 kg. Manter uma tocada mais alegre, no entanto, é uma tarefa que requer concentração - mais pelo tamanho da carruagem do que propriamente pelas reações do motor seis cilindros de 340 cv.
O som do motor se deixa notar na cabine quando pisamos no acelerador com decisão. E o X7 até que negocia bem com as curvas. Claro que uma estrada de serra não é o cenário ideal para desfrutar de um SUV deste tamanho, mas ele também não deixa a desejar.
A suspensão com molas a ar faz seu trabalho de forma impecável, e então entendemos a verdadeira dimensão de um SUV premium, tanto pela qualidade de rodagem quanto pelo conforto que é capaz de oferecer aos ocupantes.
Também devemos aproveitar as inúmeras ajudas eletrônicas de condução disponíveis. O X7 conta com um sistema de condução semi-autônomo de nível 2, que inclui controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, com função Stop&Go, e o Driving Assistant Professional.
Este último recurso engloba o assistente de saída involuntária de faixa, que move o volante de volta à pista, bem como o sistema de manutenção de faixa, que mantém o carro no rumo - bastando que o motorista mantenha as mãos apoiadas no volante.
Outros mimos são a chave inteligente BMW Digital Key, que permite ligar o veículo à distância, e o assistente de estacionamento Parking Assistant Plus, capaz de estacionar o X7 de forma automática e ainda memorizar a distância percorrida (últimos 30 metros) para ajudar na hora de sair da vaga. Com um SUV destas dimensões, qualquer ajuda desse tipo é bem-vinda.
Por último, como em todo BMW que se preze, as possibilidades de personalização são diversas. Para além do acabamento de série, podemos adicionar os pacotes Pure Excellence, focado em elegância e conforto, ou o M Sport, para enfatizar a esportividade.
Em todos os casos, a lista de itens de série é bastante ampla, contemplando forração de couro, ar-condicionado de duas zonas (pode ter até cinco zonas com uma específica para a terceira fila), câmera traseira e rodas aro 20", além do assistente pessoal inteligente, como no novo Série 3.
Para ter uma nave dessas, porém, é preciso ser rico mesmo na Europa, onde o X7 parte de 98.950 euros (R$ 435 mil) na versão XDrive30d, 99.950 euros (R$ 440 mil) na xDrive40i e chega a 124.000 euros na M50d (R$ 545 mil). Para o Brasil, onde o SUV será vendido a partir do segundo semestre, a expectativa é que venha somente na M50d e, considerando que o X5 desta versão custa R$ 539.950 por aqui, não deverá sair por menos de R$ 600 mil.
Fotos: divulgação
BMW X7 xDrive40i
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