Um carro esportivo disfarçado num perfil mais familiar. De longe, as grandes rodas já entregam que não trata-se de um carro comum. Basta chegar mais perto para que duas letrinhas associadas a um número entreguem a verdadeira idêntidade do modelo: RS7. E um Audi quando leva a sigla RS é porque tem potência sobrando... O fastback de quatro portas equipado com um poderoso motor 4.0 V8 biturbo de 560 cv de potência chega ao mercado brasileiro já ostentando a mais recente atualização de estilo da Audi. Como destaque, a dianteira traz a nova grade com acabamento em estilo colmeia, para-choque mais robusto e com entradas de ar pronunciadas, além da nova tomada de ar na parte inferior. Os faróis trazem a tecnologia Matrix LED, com duas linhas que se dividem nas extremidades. Na traseira, as lanternas trazem as principais linhas em LEDs, semelhantes aos faróis. No RS7, o para-choque traseiro tem novo difusor entre as duas gordas saídas de escape. Na cabine, há todo o luxo de um modelo topo de gama mesclado com detalhes para realçar a esportividade. A começar pelo volante com base achatada, revestimento de couro perfurado e o emblema RS. O painel, além do material de excelente qualidade, também traz detalhes em fibra de carbono, assim como o console e lateral das portas. Em relação ao anterior, ganha uma leve modificação no quadro de instrumentos e nos controles das saídas de ar. Um item de segurança presente é o Head-up Display, no qual é possível visualizar informações do quadro de instrumentos, em especial o velocímetro, em uma projeção no para-brisa. Já a central de entretenimento é completo, o que inclui o sistema MMI navigation plus (que ganhou um novo processador gráfico desenvolvido pela Nvidia) com navegação 3D, TV digital e DVD Player. A qualidade sonora de alta fidelidade é garantida pelo sistema de som da Bang&Olufen. Para poder explorar de forma satisfatória e com segurança o motorzão V8 biturbo, a Audi reservou o belíssimo Autódromo Velo Città, no interior paulista - um dos três no país homologados pela FIA. Então, o negócio foi acelerar. Ao entrar no carro, observo o revestimento dos bancos em couro tipo Alcântara, os pedais de alumínio, os ajustes elétricos do volante e do banco e aqueles inúmeros botões espalhados pela cabine. Tudo pronto, começo selecionando o modo Comfort para ver se o RS7 consegue também entregar uma condução mais tranquila e confortável. De fato, nesta configuração o motor fica mais manso e as respostas ao acelerador, mais suaves. Mesmo com o motorzão V8 impulsionando, o carro parece deslizar pela pista e mal se sentem as trocas do câmbio automático de oito marchas. Uma volta no estilo tiozão! Mas na sequência já mudo para o modo Dynamic. Agora começo a acelerar um esportivo. Na principal reta, confiro rapidamente a velocidade passar dos 200 km/h antes de fincar o pé no freio para a primeira curva. Tanto o fôlego para acelerar quanto para frear são impressionantes. A explicação está nos números: 560 cv e torque bruto de 71,4 kgfm já disponível a apenas 1.750 rpm, que faz o RS7 acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,9 segundos. A velocidade máxima chega aos 305 km/h. Apesar de compartilhar o mesmo coração com a perua RS6 Avant, há diferenças claras na condução. Enquanto a station wagon parece rodar com uma cola no chão, o RS7 dá a sensação de que é mais leve, tendo na dianteira uma ligeira flutuação. No entanto, tudo é meticulosamente controlado pela tração integral Quattro, a suspensão enrijecida e o controle de estabilidade, além do diferencial traseiro esportivo. O que agrada tanto quanto acelerar forte são as reduzidas nas desacelerações antes das curvas. As duas saídas de escape, na verdade, mascaram os dois escapes duplos que gritam alto nas reduções de marcha. Como é um carro de alto desempenho, os freios possuem disco de cerâmica. Vale a pena? Particularmente, ainda prefiro a perua RS6 tanto pelo estilo quanto pelo comportamento. Já para quem prefere o design coupé, o RS7 é um dos poucos disponíveis no país que conseguem conciliar uma condução extremamente confortável com um desempenho digno de esportivo. O nível de tecnologia é absurdo, assim como a potência, torque e controle. Infelizmente, a única ressalva fica por conta do preço. Sempre ele!
O que é?
Como anda?
Quanto custa?
Para poder ter uma máquina dessas na garagem, é preciso que o bolso seja equivalente. A linha 2015 começa a chegar este mês às lojas e o preço final ainda não foi definido pela marca. Por enquanto, o RS7 anterior custa R$ 624.990. A lista de itens de série é grande, obviamente, e inclui entre os principais itens o ar-condicionado com quatro zonas de temperatura, bancos dianteiros elétricos e com sistema de aquecimento e memória de posição para o do motorista, head-up display, volante com regulagem elétrica, teto-solar panorâmico, rack de teto, rodas de liga aro 21, bancos esportivos do tipo concha com couro Alcântara, câmera de ré, faróis full LED, sistema Start/Stop, sistema de entretenimento com navegação GPS em 3D, TV, DVD e som da Bang&Olufen.Ficha técnica: Audi RS7 Sportback 2015
Motor: dianteiro, transversal, oito cilindros em V, 3.993 cm3, biturbo, intercooler, injeção direta, gasolina; Potência: 560 cv de 5.700 a 6.500 rpm; Torque: 71,4 kgfm de 1.750 rpm a 5.500 rpm; Transmissão: automática de oito marchas, tração integral permanente Quattro com diferencial traseiro esportivo; Suspensão: Independente nos dois eixos com molas adaptativas a ar; Freios: discos de cerâmica na dianteira e traseira com ABS; Rodas: alumínio aro 21″ com pneus Continental ContiSportContact 275/30 R21; Peso: 1.995 kg; Capacidades porta-malas 535 litros, tanque 75 litros; Dimensões: comprimento 5.012 mm, largura 1.911 mm, altura 1.419 mm, entreeixos 2.915 mm; Desempenho*: velocidade máxima de 305 km/h; 0 a 100km/h em 3,9s *Dados de fábricaGaleria de fotos: Audi RS7 Sportback
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