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Fiat Panda, primo do Uno, terá produção suspensa diante das baixas vendas

Compacto continua líder de vendas na Itália, mas vendo sofrendo com queda na procura nos últimos meses

Fiat Panda 4x40°

Além de suspender a produção do 500e (totalmente elétrico) na fábrica de Mirafiori, a Fiat anuncia que deverá paralisar atividades em outras plantas ao longo das próximas semanas na Itália. Em comunicado, a empresa confirmou que as unidades de Pomigliano D'Arco, Termoli e Pratola Serra também terão paradas a partir de novembro. Entre os principais modelos afetados, destaque para o Panda (não confundir com o Grande Panda recém-lançado).

De acordo com a Stellantis, as paralisações estão sendo adotadas como forma de “adaptar a produção às atuais condições de mercado e garantir uma gestão eficiente dos recursos”. Em outro palavras, os modelos produzidos nestas unidades estão com vendas em queda terão produção suspensa para evitar a formação de grandes estoques. O próprio Panda, que por anos somou números de vendas imbatíveis na Itália, está amargando vendas em queda a cada mês.

Fiat Panda 4x4

No último mês de agosto, para se ter ideia, a Fiat perdeu sua sólida e histórica posição de líder de mercado para a Toyota. A marca vendeu apenas 4.756 unidades no mês (44% a menos do que em 2023) e caiu para a quarta colocação. A japonesa, por sua vez, vendeu 5.941 veículos e, pela primeira vez, conquistou o topo do mercado italiano. Volkswagen (5.148) e Dacia (4.941) ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

O Panda, embora ainda líder, vendeu somente 3.326 unidades e caiu quase 23%. Na prática, foi o único carro da Fiat entre os 30 mais vendidos do país no período. O Dacia Sandero (2.879) repetiu a vice-liderança de julho e o Jeep Avenger (2.139) chegou ao pódio pela primeira vez.

Fiat 500e - Fábrica de Mirafiori

Fiat 500e na fábrica de Mirafiori

Greves à vista

Por conta das paralisações anunciadas, os sindicatos locais reagiram e prometeram deflagrar a partir de sexta-feira (18). Caravanas de ônibus com funcionários das fábricas afetadas estão se organizando e devem seguir em marcha até Roma, onde será concentrada a manifestação. Os trabalhadores reivindicam manutenção dos empregos e mais investimentos nas plantas locais.

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