A Volkswagen apresentou a Amarok 2025 renovada ainda em agosto. A caminhonete fabricada na Argentina seguiu caminho próprio, ainda que uma nova geração, feita em conjunto com a Ford Ranger, seja oferecida em mercados internacionais No entanto, a reformulação da picape não significa que a marca alemã esteja tirando o pé do segmento de picapes médias.
Pelo contrário: esse redesenho vem como forma de a marca conseguir tempo e recursos para desenvolver outras alianças para o desenvolvimento de novos veículos para a categoria de caminhonetes de porte médio, conforme reconheceu o CEO da VW Argentina, Marcellus Puig. A reestilização, no fim do ciclo de vida do produto, serve também como base para manter o modelo competitivo enquanto a Volkswagen já está de olho no desenvolvimento de uma picape 100% nova para os próximos anos.
MAXUS T90 EV
É disso que se trata o Projeto Patagônia, um acordo de colaboração entre o Grupo VW e o Grupo chinês SAIC para produzir uma nova geração de picapes em Pacheco (ARG), que não tem nada a ver com a Ford. Nem com a atual Amarok. A notícia não veio da Alemanha, da China ou da Argentina. Os rumores vêm do Brasil mesmo, onde está localizado o centro de Design e Desenvolvimento da VW Latam.
Fornecedores e fontes da equipe de design chefiada por José Carlos Pavone explicaram por que a Amarok 2025 recebeu uma atualização em vez de uma nova geração. A marca já trabalha em conjunto com a chinesa para o desenvolvimento de novas soluções para o segmento. Isso vai de encontro com a informação adiantada pelo Motor1.com Brasil no lançamento da picape de que a marca já está de olho no desenvolvimento de uma nova geração.
MAXUS T90 EV
O Grupo VW e o Grupo SAIC são dois grandes aliados no mercado chinês. Em 1984, a montadora alemã se uniu à empresa chinesa para entrar no emergente mercado asiático. Graças à aliança com a SAIC, a VW tornou-se uma das maiores fabricantes e vendedoras de automóveis na China.
Uma das possibilidades é o uso da Maxus, submarca de veículos comerciais da SAIC, como base. A T90 (foto de abertura), já vendida na região, é uma picape média já comercializada na América Latina com motores 2.0 turbodiesel (entre 168 e 218 cv, dependendo se é mono ou biturbo) e 100% elétrico (175 cv, com baterias de 75 kWh).
Isso não significa que a Maxus T90, como visto nas fotos, será produzida em Pacheco. O Projeto Patagônia é um intercâmbio de tecnologia para que a VW adote soluções da SAIC para o desenvolvimento de uma adaptação local para evoluir para uma nova geração da Amarok. A equipe de Pavone ficaria encarregada de dar a ela um design e uma personalidade diferentes do Maxus, mas com tecnologia e soluções chinesas sob a carroceria.
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