A General Motors, dona da Chevrolet, declarou um plano ambicioso de só fabricar carros elétricos a partir de 2035 “em todos os mercados em que produz”. Isto também se aplica ao Brasil, segundo Fábio Rua, vice-presidente de Relações Governamentais, Comunicação e ESG da General Motors América do Sul. O executivo diz que a meta é ser 100% elétrica em 2035, inclusive no mercado brasileiro, mas que até lá, a fabricante irá produzir híbridos também.

Durante o evento para o anúncio do investimento de R$ 1,2 bilhão em Gravataí (RS), Rua conversou com Motor1.com e citou o cenário atual para os carros elétricos, que tiveram uma queda nas vendas no ano passado, o que levou a diversas fabricantes a revisarem suas estratégias e oferecer mais veículos híbridos para reduzir as emissões. “Nosso objetivo ainda é ser zero acidentes, zero emissões e zero congestionamentos em 2035, produzindo somente elétricos em todos os países, incluindo o Brasil. Mas estamos atentos às demandas dos clientes, que estão pedindo pelos híbridos”, explica o executivo.

Novo Chevrolet Monza 2023

Novo Chevrolet Monza 2023

Esta mudança no posicionamento aconteceu no começo do ano quando Mary Barra, CEO da GM, anunciou que a fabricante passaria a vender carros híbridos plug-in. Na época, Barra afirmou que os PHEVs são uma transição para os elétricos. Nos bastidores, havia um demanda por parte dos concessionários, que estavam perdendo vendas para outras marcas. Atualmente, somente a China tem carros híbridos da Chevrolet, tanto com o sistema micro-híbrido quanto a tecnologia PHEV.

Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, reforçou o posicionamento de ter um carro híbrido da Chevrolet produzido no Brasil. “Nós ouvimos os consumidores locais e descobrimos que ele quer o híbrido. Essa pode ser a tecnologia que leve ao futuro totalmente elétrico que defendemos como ideal para o meio ambiente”, destaca Chamorro.

Chevrolet Equinox PHEV - Salão de Pequim

Chevrolet Equinox PHEV - Salão de Pequim

Nenhum dos dois executivos quis dar detalhes sobre os híbridos, exceto de que é parte do plano de investimento de R$ 7 bilhões até 2028. A principal aposta é que seja o sistema micro-híbrido de 48V, que já existe na China e é utilizado pelo Monza por lá. No caso, trabalha com o 1.3 turbo de três cilindros, da mesma família que os 1.0 e 1.2 que equipam Onix, Onix Plus e Tracker. O sistema híbrido plug-in também está nos planos e uma possibilidade é que chegue em algum momento para o novo Equinox.

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