Estudo realizado recentemente pela AlixPartners revela previsões importantes a respeito do avanço da China no mercado global de veículos. De acordo com o levantamento, a presença do país no setor seguirá crescendo consideravelmente nos próximos anos e será ampliada de forma progressiva até o final da década. Com isso, a participação de carros chineses nas vendas globais de veículos saltará dos atuais 21% para pelo menos 33% em 2030.
O resultado será alcançado principalmente graças ao crescimento contínuo do já gigantesco mercado doméstico. Por lá, fabricantes nacionais têm dado saltos significativos em competitividade e inovação, deixando para trás rivais europeus e americanos. Internacionalmente, marcas chinesas também estão conquistando espaço e devem saltar de 3 milhões neste ano para 9 milhões de veículos vendidos em 2030.
Apesar das constantes barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos e da dificuldade de uma entrada mais ampla no Japão (mercado fortemente dominado por empresas locais), as chinesas crescerão em outras regiões consideradas estratégicas. É o caso da Europa, onde terão participação de significativos 12% até o final da década. O mesmo vale para a Rússia, que verá a quota de marcas chinesas saltar de 33% para 69%.
BYD Shark
Na sequência, a presença chinesa no Oriente Médio e na África crescerá de 8% para 39% e as vendas nas Américas Central e do Sul deverão aumentar de 7% para 28%, diz o estudo.
Entre outros diferenciais, as fabricantes chinesas apostam em estratégias de preço agressivas e na apresentação de novidades constantes. Para efeito de comparação, o tempo gasto no desenvolvimento de novos modelos é de 20 meses nas marcas chinesas e pelo menos 40 meses nas montadoras ocidentais. Além disso, trabalham com margens de lucros mais folgadas e ofertam ao consumidor maior variedade de recursos de tecnologia.
Carros da Zeekr na loja na China - Motor1.com Brasil
“As marcas chinesas priorizam recursos que os clientes podem realmente experimentar, como design e tecnologia na cabine; elas estão implacavelmente focadas em manter sua vantagem de custo, mesmo enquanto constroem fábricas no exterior; e construíram uma liderança considerável em tecnologias emergentes, incluindo a produção de baterias. Essas capacidades acabarão por definir o mercado global", diz Andrew Bergbaum, da AlixPartners.
Região | Participação da China em 2024 | Participação da China em 2030 (previsão) |
Global | 21% | 33% |
China | 59% | 72% |
Rússia | 33% | 69% |
Europa | 6% | 12% |
América do Norte | 1% | 3% |
América Central e do Sul | 7% | 28% |
Oriente Médio e África | 8% | 39% |
Japão | 0% | 1% |
Sul e Sudeste Asiático | 3% | 31% |
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