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Carro elétrico brasileiro acabou: Lecar diz que terá híbridos que fazem 33 km/l

E esse consumo é no etanol, tendo motor a combustão apenas como gerador

Lecar Model 459

"A grandiosidade dos carros elétricos era muito mais um sonho do que uma realidade benéfica para o mercado". Foi assim que a Lecar iniciou o comunicado onde anunciou que desistiu dos veículos movidos a bateria. A empresa brasileira, de Flávio Figueiredo de Assis, estava desde 2022 desenvolvendo o Model 459, que poderia ser o próximo carro elétrico verdadeiramente brasileiro.

Mas o sonho acabou e a Lecar confirmou que focará a partir de agora no desenvolvimento de veículos híbridos. Pelo que a Lecar diz no comunicado, a empresa agora utilizará a base do Model 459 para continuar o desenvolvimento da plataforma eletrificada. No entanto, não faz nenhuma menção a fornecedor de motores, e como sabemos, é um dos maiores custos na construção de um novo carro.

Talvez para buscar investimentos, a onda que a Lecar diz que vai seguir é a do etanol, inclusive citando que protótipo será baseado na matriz do agronegócio brasileiro: o Etanol, segundo a marca. “Com ele, 80% das emissões de CO2 de um motor a combustão são compensadas com o seu próprio cultivo, o que fez com que déssemos prioridade a essa matéria-prima perante um uso mais eficiente do veículo pela população”, explica o fundador.

Lecar Model 459

Assis e o Lecar Model 459

O protótipo teria iniciado os testes em abril. A expectativa inicial era de que chegasse ao mercado em meados de dezembro deste ano. Plano que será revisto com a mudança do projeto. “Chegamos à conclusão de que o carro híbrido é mais vantajoso para a sociedade do que o elétrico em diversos quesitos, o que nos fez redirecionar nosso posicionamento e os planos para o mercado".

A ideia da Lecar agora é usar tecnologia híbrida a etanol com tração 100% de motor elétrico. A empresa promete o seu carro proporcione autonomia de 1.000 km com 30 litros de etanol, ou 33,3 km/l.

Lecar Model 459

Lecar Model 459

A Lecar justificou a troca de rumo alegando que o custo da infraestrutura é uma das maiores barreiras. “Estamos muito longe de termos a quantidade de carregadores necessária para popularizar este tipo de veículo em todo o país. Precisaremos de bilhões em investimentos para termos as condições adequadas”, diz Assis.

Totalmente contraditária, agora a empresa afirmou que se trata da mesma precariedade de sempre, o conceito do carro elétrico seria o mesmo desde 1890: uma bateria recarregável que alimenta um motor elétrico. As células de baterias, assim como os motores, teriam limites tecnológicos que estão chegando ao seu auge. 

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