Bugatti trocará W16 quadriturbo por V16 aspirado com sistema híbrido
Novo motor mede 1 metro de comprimento e, com a ajuda elétrica, deve chegar a 1.800 cv de potência combinada
A Bugatti está descontinuando seu icônico motor W16. Mas não se preocupe, cerca de 33 anos após o obscuro Cizeta-Moroder V16T, um novo V16 está chegando. O próximo hipercarro de Molsheim chegará em junho com um enorme motor sem turbo. Surgiram novos detalhes sobre o monstro de dezesseis cilindros.
O CEO da Bugatti-Rimac, Mate Rimac, compartilhou alguns detalhes preliminares esta semana durante a conferência Future of the Car Summit, em Londres. O engenheiro e empresário croata de 36 anos revelou que o V16 não terá turbocompressor. É uma mudança significativa em relação ao Chiron e ao Veyron, bem como ao EB110 antes deles. Todos os três carros tinham uma configuração quadriturbo.
O fundador e CEO do Grupo Rimac - que detém 55% da Bugatti Rimac - revelou que o novo V16 medirá incríveis 99,8 centímetros de comprimento. Isso o tornará quase 41 cm mais longo que o W16. Esse último será descontinuado quando a produção do conversível Mistral e do Bolide, exclusivo para pistas, terminar. Já foi confirmado que o novo motor desenvolvido contará com com um sistema híbrido.
Esses são todos os detalhes confirmados até o momento, portanto, esta é a parte em que começam as especulações. A revista alemã Auto Motor und Sport afirma que o V16 tem um deslocamento gigante de 8,3 litros e foi desenvolvido com a Cosworth. Ele atinge rotações de até 9.000 rpm e funciona com três motores elétricos. Combinados, a potência pode chegar a 1.800 cv. O motor de combustão, por si só, tem capacidade para cerca de 1.000 cv.
Acredita-se que dois dos motores elétricos acionam as rodas dianteiras, enquanto o terceiro aciona o eixo traseiro. O último está supostamente integrado a uma transmissão automatizada de oito marchas e dupla embreagem. Levando em conta o DCT, o conjunto motor/caixa de câmbio teria 200 cm de comprimento. Se acreditarmos no que está sendo relatado pela mídia, os engenheiros da Bugatti estão colocando uma bateria de 24,8 kWh com capacidade para 60 km de alcance elétrico.
A AMS tem certeza de que o substituto do Bugatti Chiron atingirá 100 km/h em cerca de dois segundos e 200 km/h em menos de cinco. De 0 a 300 km/h, levará menos de dez segundos e a tarefa de 0 a 400 km/h poderá ser concluída em menos de 25 segundos. A velocidade máxima será limitada eletronicamente a 446 km/h.
Se as informações estiverem corretas, serão fabricados apenas 250 carros. Para relembrar, o Veyron foi limitado a 450 unidades, enquanto o Chiron está sendo construído em 500 exemplares. Embora a revelação ocorra no próximo mês, as entregas aos clientes aparentemente não começarão até 2026. Preço? Pelo menos 3,6 milhões de euros, o que equivale a R$ 19.953.747 pelas as taxas de câmbio atuais.
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