Anunciada em 2022 como grade plano estratégico da Renault para o futuro, a ideia de vender unicamente veículos elétricos na Europa até 2030 acaba de ser oficialmente abandonada. A informação foi confirmada pelo próprio CEO da empresa, Fabrice Cambolive, em conversa com a agência de notícias Automotive News durante o Salão de Genebra.
Segundo o executivo, a estratégia comercial para as próximos 10 anos foi revista e voltou a incluir a produção de veículos equipados com motores tradicionais a gasolina. Segundo Cambolive, a meta agora será atuar em duas frentes (combustão e elétricos) e cobrir todos os segmentos do mercado.
“Nossa estratégia é ter ‘uma perna’ em cada segmento: uma no ICE [motor de combustão interna] com tecnologia híbrida e outra nos modelos totalmente elétricos", disse Cambolive. “A questão não é mais mudar para veículos eléctricos em 2030. Vamos seguir as tendências com duas ofertas muito competitivas na nossa gama, em ambos os tipos de motores. Esta estratégia poderá funcionar nos próximos 10 anos”, completou.
No campo da eletrificação, a Renault tem apostado no lançamento de clássicos modernizados. É o caso do Renault 5, recentemente apresentado e que, segundo a marca, já acumula mais de 50.000 interessados na lista de espera. A comercialização será iniciada em maio com a versão de 52 kWh, seguida pela mais barata com baterias de 40 kWh.
Destaque também para a volta do Twingo, programada para meados de 2026. O compacto voltará ao mercado repaginado e totalmente elétrico, com visual inspirado nas primeira gerações.
Já no campo dos motores térmicos, a aposta será concentrada nos modelos híbridos (propulsores tradicionais a gasolina associados com blocos elétricos e baterias). Hoje, a marca já oferta este tipo de powertrain em diversos modelos europeus (Clio, Captur, Arkana, Austral e outros) e deverá ampliar a gama nos próximos anos.
Fora da Europa, o lançamento de híbridos também está nos planos. No Brasil, por exemplo, a tecnologia E-Tech Hybrid está sendo bastante especulada para a picape Niagara (sucessora da Oroch) e para inédito SUV médio que chegará ao mercado até 2025.
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