Conhecida dentro da indústria automobilística por produzir por contra própria a grade maioria dos componentes usados em seus veículos, a BYD deverá dar outro importante passo em termos de independência tecnológica no mês que vem. De acordo com a imprensa da China, a marca está prestes a colocar no mercado seu próprio sistema de assistência à condução. O recurso já está pronto e será apresentado no próximo dia 30 de março.
O lançamento do ADAS nativo representa as ambições da BYD em se tornar líder mundial em direção inteligente. Dentro da empresa, o departamento responsável pelo desenvolvimento desse tipo de tecnologia conta com mais de 4.000 funcionários e está recebendo US$ 14 bilhões em investimentos. Para efeito de comparação, marcas como NIO e Xpeng empregam 1.000 e 1.500 colaboradores no mesmo setor, respectivamente.
Nos próximos anos, a meta da BYD é adotar a tecnologia de assistência à direção de série em todos os seus veículos com preço acima de US$ 42.000. Em modelos mais baratos, como Dolphin e Yuan Plus, o sistema será opcional. Em 2023, cerca de 57% dos carros vendidos pela marca já saíram de fábrica com sistemas de direção inteligentes (ainda adquiridos de empresas fornecedoras). Agora com ADAS nativo, a BYD economizará custos e tempo de desenvolvimento.
Ao que tudo indica, o primeiro veículo a contar com ADAS próprio será o SUV N7, da divisão de luxo Denza. A marca é fruto de uma joint-venture firmada entre BYD e Mercedes-Benz e atua no mercado elétrico de luxo. O modelo em questão conta com sistema de direção autônoma nível 2+ composto por 22 câmeras e radares. Por dentro, possui painel de instrumentos digital de 10,25", central multimídia de 17,3" com resolução 2.5K, tela do carona com 10,25" e Head-up display de 50", além de iluminação ambiente com 128 cores.
Mecanicamente, pode ser equipado com um ou dois motores elétricos. No primeiro caso, entrega 312 cv de potência e 36,7 kgfm de torque. No segundo, possui 530 cv de potência e 68,3 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. As duas configurações têm bateria de 91,3 kWh capaz de render 700 km e 630 km de autonomia no ciclo CLTC, respectivamente.
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