page ad skin

GM não sairá do Brasil e planeja híbridos e elétricos até 2035

Em evento, executivo da marca confirma planos da empresa para os próximos anos

Chevrolet em São Caetano do Sul (SP) - 90 anos

Após rumores de que a General Motors poderia deixar o Brasil, o vice-presidente de comunicação e relações governamentais da empresa, Fábio Rua, afirmou em evento organizado pela AutoData que "Não, a GM não sairá do Brasil". Mais do que fazer uma fala contundente, o executivo ainda deu alguns detalhes sobre os planos da companhia.

Segundo Rua, a General Motors deverá anunciar no próximo ano um novo plano de investimentos para o mercado brasileiro. Vale lembrar que a empresa irá celebrar 100 anos de operação em nosso país e o executivo reafirmou que "temos compromisso com o futuro e com descarbonização".

Fábrica da GM - Chevrolet - São Caetano do Sul

Fábrica da GM - Chevrolet - São Caetano do Sul

O executivo da GM ainda relembrou que o compromisso da empresa globalmente é de deixar de produzir veículos com motores de combustão interna até 2035. No entanto, há mais de um caminho que a General Motors poderá seguir futuramente. Rua afirmou que "o presente é eclético e o futuro é descarbonizado". 

Isso significará na prática que a empresa continuará investindo na melhoria da eficiência energética dos motores a combustão, ao mesmo tempo em que desenvolverá globalmente tecnologias de propulsão elétricas e híbridas. A ideia, segundo Fábio Rua, é de que "enquanto produzirmos carros a combustão, entregaremos carros cada vez mais eficientes".

Fábrica da GM - Chevrolet - São Caetano do Sul

Porém, daqui até 2035 ainda é muito tempo e o executivo da GM refletiu esta incerteza também: "Nossa meta é elétrico para 2035. Novas tecnologias do tipo podem dar as caras e podem mostrar que elas são tão ou mais eficientes quanto o carro a combustão. Não podemos negar a possibilidade de, lá na frente, usarmos célula de combustível, híbrido... Não sei o que o futuro nos reserva, não só em termos de inovação como de escalada e de competitividade". 

O vice-presidente da General Motors ainda acrescentou que se o cenário futuro indicar a necessidade de uma maior flexibilidade no portfólio de investimentos em novas tecnologias, a empresa estará disposta a se adaptar. Para 2024, a projeção da GM é um crescimento de 2% a 5% no mercado brasileiro.

Isso resulta de ações como o comprometimento do governo em acelerar o processo de descarbonização, em consonância com o iminente anúncio do Mover, a próxima etapa do Rota 2030. Rua ainda afirmou que a GM busca aumentar nossa eficiência, considerando uma capacidade ociosa de 53%. Embora possa produzir 750 mil carros por ano, a meta da empresa é atingir pelo menos 600 mil. "Temos mais de 350 fornecedores, esperamos que 2024 seja melhor que 2023".

Envie seu flagra! flagra@motor1.com