Após anos oferecendo motores híbridos com a tecnologia flex no Brasil, a Toyota prepara-se para o passo seguinte, anunciando o começo dos testes para fazer com sua motorização híbrida plug-in também passe a aceitar etanol. De quebra, a fabricante japonesa ainda confirmou que pretende produzir carros com este sistema no país, como parte do seu ciclo de investimentos para os próximos cinco anos, que ainda não foi anunciado.
De acordo com a Toyota, os testes iniciais estão sendo feitos com um RAV4 no laboratório da empresa no Brasil, usando como base o sistema híbrido flex usado por Corolla e Corolla Cross. A dupla usa um motor 1.8 combinado a um propulsor elétrico, entregando 122 cv de potência e com uma bateria de 1,3 kWh. É uma diferença grande em comparação ao 2.5 de 306 cv de potência combinada usado pelo RAV4 Prime, que ainda tem baterias de 18,1 kWh.
“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. O executivo ressalta que a produção nacional deste sistema irá fortalecer também a cadeia de fornecedores, algo positivo para toda a indústria automotiva brasileira.
Chang ainda ressalta como isto faz parte de um plano para produzir carros híbridos plug-in flex no Brasil, embora não desenvolva o assunto, sem falar sobre qual modelo pode ser o nacional. Atualmente, a tecnologia PHEV é usada no RAV4 e Prius, com a promessa de ser adotada por mais carros da marca nos próximos anos, como uma alternativa aos elétricos. No momento, a linha disponível no Brasil não inclui nenhum PHEV e o RAV4 chega com o sistema híbrido convencional.
A Toyota sempre defendeu os híbridos como a solução ideal para a redução de CO2 à curto prazo, principalmente com o uso de etanol. O híbrido plug-in é o passo seguinte, por ter uma autonomia elétrica grande o suficiente para atender viagens urbanas e ainda permitir que possa rodar distâncias maiores sem se preocupar com o uso de estações de recarga. O etanol ainda está sendo usado em um projeto para produção de hidrogênio, em parceria com empresas como Shell, Raízen, Hytron, junto com Senai e USP.
Por ainda estar em um estágio inicial de estudos e ser parte de um planod e investimentos ainda em avaliação, não veremos os carros da Toyota com o sistema PHEV flex tão cedo. A fabricante já está no meio de um ciclo de aporte, que levará à produção do inédito Yaris Cross em Sorocaba (SP), previsto para iniciar a fabricação no ano que vem.
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