Em entrevista concedida recentemente ao site CarExpert, o gerente geral de marketing da Kia Australia, Dean Norbiato, foi bastante sincero quando perguntado sobre a viabilidade comercial de veículos híbridos plug-in. Nas palavras do executivo, modelos do tipo são "difíceis de vender" e nada compreensíveis por parte dos consumidores.
“Eu pessoalmente acredito que é um conceito difícil de vender”, disse Norbiato. “Acho que o consumidor não entende. Ninguém tem a massa crítica do ponto de vista do fabricante para educar sobre isso. Sempre houve uma linha de produtos tão fragmentada, e ninguém tem esse suprimento para fazer esse trabalho que precisa ser com as montadoras”, explicou.
Então quer dizer que a Kia descontinuará seus modelos híbridos plug-in atuais? Na verdade, não. A marca garante que continua presente no segmento e manterá a oferta de modelos como Sorento PHEV, Niro PHEV e Sportage PHEV, atualmente vendidos nos mais variados mercados globais.
Na comparação com os híbridos tradicionais, os plug-in contam com baterias maiores e podem percorrer distâncias de até 80 km usando apenas eletricidades. Para tanto, precisam ser recarregados e conectados a um carregador externo. Na prática, são o meio termo entre o híbrido convencional e o 100% elétrico, tanto em termos de proposta, eficiência ambiental e preço.
Além dos híbridos, a Kia investe pesado no segmento de elétricos. Até 2030, a marca - junto com a Hyundai - investirá US$ 18 bilhões na sua transição para eletrificação. O montante custeará o aperfeiçoamento da tecnologia e o lançamento de uma série de novos modelos. O mais recente foi o elogiado EV9, que estará à venda em mercados como Coreia do Sul e Estados Unidos ainda neste ano.
No Brasil, a Kia vende os modelos Stonic e Sportage com sistemas híbrido-leve e o Niro com tecnologia HEV (híbrido tradicional).
Fonte: CarExpert
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