Mesmo após tantos anos, o famoso Dieselgate ainda é um problema dentro do grupo Volkswagen. Dessa vez, um executivo assumiu uma dose de culpa no processo de fraude de emissões dos motores turbodiesel que foi descoberto em 2015 e pode ter afetado cerca de 11 milhões de carros ao redor do mundo.
Rupert Stadler, ex-CEO da Audi, foi preso na Alemanha em 2018 durante as investigações e, apesar de solto um tempo depois sob fiança, ainda é declarado culpado por saber sobre a venda de carros que fraudavam as leis de emissões. No começo deste mês, a corte alemã permitiu um acordo onde ele assumiria a culpa e trocaria a prisão por uma pena alternativa de dois anos e uma multa de 1,1 milhão de euros (cerca de R$ 5.900.000).
Para isso, Stadler emitiu um comunicado por meio de seus advogados. Antes alegando que não sabia sobre as fraudes no software de modelos Audi e Volkswagen, o ex-CEO reconheceu que sabia sobre essa possibilidade e assumiu o risco. "Entendo que, da minha parte, precisava ter mais cuidado", disse Stadler no comunicado.
Stadler é o mais alto executivo do processo a assumir culpa. O dieselgate começou em 2015, quando a Volkswagen admitiu usar uma software que, em processo de testes de emissões, mudava características eletrônicas do motor para reduzir os poluentes, e que nas ruas era diferente. No Brasil, esse processo atingiu a Amarok 2.0 TDI, com cerca de 80 mil unidades com produção entre 2012 e 2015. Empresas como a Mercedes-Benz e BMW também estariam envolvidas.
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