Cobrança do pedágio por quilômetro rodado e a dispensa dos pedágios ainda são coisas muito raras no Brasil. Isto pode começar a mudar. Começou com um trecho da BR-101, mais conhecida como Rio-Santos. O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que o trecho norte do Rodoanel utilizará o sistema conhecido como free flow. E será só o começo, pois a meta é que todas as rodovias do estado façam a cobrança por quilômetro rodado.
“É algo que vamos implantar em todo o estado; vamos aposentar todas as praças de pedágio em todo o estado de São Paulo. Com o sistema, o motorista passa a pagar uma tarifa mais justa pelo o que realmente utiliza da rodovia, e de forma mais simples e ágil”, afirma o governador, no comunicado enviado à imprensa.
O sistema funcionará da mesma forma em todas as estradas, utilizando uma estrutura com câmeras nos locais onde antes estariam as cancelas do pedágio. O equipamento conta com uma tecnologia especial para reconhecer as placas dianteira e traseira, junto com um scanner a laser que identifica o tamanho do veículo. As câmeras pela rodovia e antenas de identificação complementam as informações, gerando um histórico de onde, quando e quanto um carro andou na rodovia.
Com todos os dados, o sistema realizará a cobrança de duas formas. Quem tiver TAGs no veículo, de empresas como Sem Parar ou ConectCar, fará o pagamento automaticamente. No caso de quem tiver um carro sem o sistema, a cobrança virá por uma plataforma digital, que será criada pela concessionária que administra a estrada.
Um exemplo é o sistema da CCR Rio-SP, que disponibiliza o pagamento via app ou até pelo WhatsApp, aceitando cartões de crédito ou PIX. A tarifa fica disponível até 48 horas após o uso da rodovia e tem um prazo de pagamento de até 15 dias corridos, ou o motorista terá que pagar uma multa de evasão de divisa, de R$ 195,23, e ainda receberá 5 pontos na habilitação.
Como a responsabilidade será de cada uma das concessionárias, os valores e as formas de pagamento serão diferentes para cada estrada. O governo estadual reitas não divulgou um prazo para que o sistema seja adotado por cada uma das rodovias paulistas.
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