Uma das discussões mais comuns envolvendo a indústria automotiva é a falta de um programa de renovação da frota, para evitar o envelhecimento. Uma pesquisa feita em 2021 aponta que a idade média dos automóveis circulando no Brasil é de 10,5 anos, a mais velha em 26 anos. Isto pode começar a mudar com uma proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de incentivar a troca de veículos.
Seria uma ampliação do Programa Renovar, criado pelo governo anterior e que, atualmente, só prevê a substituição de caminhões, implementos rodoviários, ônibus, microônibus, vans e furgões com mais de 30 anos de fabricação. Esta troca é feita usando um fundo formado por recursos de empresas de combustíveis. Este mesmo fundo das petroleiras agora seria usado para carros de passeio, embora as regras não estejam definidas.
![Volkswagen Voyage 1991](https://cdn.motor1.com/images/static/16x9-tr.png)
“Vim tratar com o vice-presidente da possibilidade de estabelecer um programa que usa o fundo das petroleiras e dedicar esse fundo à transição ecológica por meio da renovação de frota de carros muito velhos, que precisam ser retirados de circulação, mediante indenização para que a frota seja renovada em respeito ao meio ambiente”, declarou Haddad.
O ministro explica que este fundo já existe e não envolverá novos gastos. Como ainda está em uma fase inicial, o Ministério da Fazenda formará uma equipe técnica para estudar a proposta, mas Haddad diz que será um processo rápido, por ser um recurso “que já está segregado para isso” e que espera dar uma resposta ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
![Fiat Palio](https://cdn.motor1.com/images/static/16x9-tr.png)
Este fundo é abastecido pelas petroleiras, enviando 0,5% a 1% da receita bruta da produção dos campos cedidos pelos contratos de concessão das petroleiras. O destino deste montante seria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), estimulando a criação de novas tecnologias no setor.
Caso seja aprovado, será um alívio para a indústria automotiva. Com carros cada vez mais caros, que já beiram os R$ 70 mil, o baixo poder de compra da população e as taxas de juros altas impossibilitando financiamentos, muitas fabricantes anunciaram paralisações em suas fábricas por conta da falta de clientes e a queda nas vendas. Recentemente, surgiu uma discussão sobre Carro popular pode voltar com 1.0 a etanol e preços entre R$ 50 mil e R$ 60 mil, com preços a partir de R$ 50 mil, mas que seriam abastecidos somente com etanol e que teriam uma tributação diferenciada.
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Fonte: Agência Brasil