Após anunciar o seu fim em outubro passado, o Renault Sandero finalmente encerra oficialmente sua carreira no Brasil, com o esgotamento do estoque remanescente. O hatch sobrevive, de certa forma, com o Stepway, por ser baseado no compacto, mas sem utilizar o nome “Sandero” desde 2017. Juntamente com o fim da produção, o Stepway ganhou uma versão como motor 1.0 para ocupar a lacuna deixada pelo hatchback.
A saída do Renault Sandero não foi nenhuma surpresa e a própria fabricante havia comentado em 2021, quando anunciou sua nova estratégia Renaulution. A meta da marca francesa é deixar de lado os segmentos de grande volume para focar em carros mais caros, refinados e lucrativos. O Sandero despontava desta estratégia, por ser um modelo de baixo custo desenvolvido pela Dacia. Este novo plano de ação inclusive matou o desenvolvimento da nova geração do hatch para o país, assim como o sedã Logan – este ainda está vivo, ofrecido em duas versões a partir de R$ 89.560.
Além deste novo posicionamento, o desempenho do hatch não animava muito. Em 2021, foi o hatchback compacto menos vendido, só emplacando mais do que os finados Ford Ka e Kia Rio. Teve um 2023 um pouco melhor somente por conta do VW Polo, que despencou e teve somente 8.93 unidades licenciadas, contra as 10.673 do Sandero. Perdeu até para o Citroën C3, que estreou em setembro. Este ano, está com 880 unidades no acumulado até fevereiro, novamente ficando na última posição do segmento.
Agora a meta da Renault é lançar um SUV compacto, que tem rodado em testes pelo país usando o Stepway europeu como mula. Será a estreia da plataforma CMF-B no Brasil, assim como do motor 1.0 turbo, com produção em São José dos Pinhais (PR). Deve ocupar o espaço não só do Sandero, mas como do próprio Stepway como uma opção abaixo do Duster.
A Renault já registrou o design do próximo SUV compacto nacional
Enquanto isso, na Europa, a Dacia iniciou os testes da próxima geração do Sandero. Apesar do hatch ter sido atualizado em 2022, deve receber novidades para atender as normas de emissões do Euro 7 no futuro. É possível que a fabricante romena passe a oferecer uma motorização híbrida, aproveitando que a plataforma CMF-B permite a eletrificação e outros veículos da empresa, assim como será com o novo Duster.
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