No começo de março, a Dacia, divisão de baixo custo da Renault, confirmou os planos de lançar a terceira geração do Duster em 2024. Esta movimentação foi antecipada por alguns rumores, quando o SUV irá trocar de plataforma para usar a arquitetura CMF-B ao invés da antiga base B0. O utilitário apareceu novamente em testes na Europa e começa a mostrar como será o seu design, inspirado no conceito Bigster.
O protótipo do novo Duster parece ser maior do que a geração atual (que já é grande para os padrões do segmento compacto). Embora ainda esteja bem camuflado, os faróis aparecem entre os adesivos e mostra um estilo igual ao do Bigster, com uma barra horizontal em LED. Também podemos notar uma entrada de ar bem larga no para-choque, outro item vindo do Bigster.
Isto não é estranho, pois o Bigster foi mostrado para antecipar a nova identidade visual da Dacia e é mais do que um conceito, pois será transformado em um SUV médio, que será vendido também no Brasil. Enquanto o Duster atual mede 4,37 metros de comprimento, o seu sucessor terá espaço para crescer, considerando que o Bigster deve ter algo em torno de 4,6 m.
Utilizando a carroceria de produção, o Duster 2024 tem freios a disco na traseira, algo que a Dacia não utiliza desde o seu primeiro carro, o 1100, baseado no Renault 8 e que foi vendido no final da década de 1960. Um detalhe que pode ser uma ilusão causada pela camuflagem é a adição de maçanetas traseiras "escondidas" na coluna C, como no Bigster.
O novo Duster está usando rodas de 17 polegadas com pneus all-season Continental 215/65 e continua a oferecer uma altura em relação ao solo bem generosa. As luzes de seta finalmente foram integradas aos espelhos laterais, enquanto as caixas de roda tem um contorno mais quadrado, para fazer com que o perfil tenha um visual mais robusto. Algumas das imagens mostram módulos individuais nas lanternas, enquanto as luzes diurnas em LED estão parcialmente visíveis.
Ao adotar a arquitetura CMF-B, o novo Duster poderá receber motorizações híbridas, o que seria o motivo para uma troca de geração tão rápida (o modelo atual estreou em 2017 na Europa). Tem a chance até de receber uma versão híbrida plug-in em algum momento, mas o que é praticamente certo é que o SUV terá uma variante híbrida convencional com uma bateria menor do que um PHEV. As configurações mais baratas continuarão a ter tração dianteira, enquanto as mais caras terão tração integral.
No caso do Brasil, a Renault deve esperar mais um tempo antes de trocar a geração do Duster, visto que o modelo atual chegou em 2020, três anos depois da Europa. Apesar da mudança de estratégia para oferecer carros mais refinados (e caros) no país, o Duster deve seguir no portfólio por ser um dos modelos mais vendidos da marca no mercado brasileiro. A fábrica em São José dos Pinhais (PR) está sendo adaptada para construir carros com a plataforma CMF-B, que fará sua estreia com um novo SUV compacto em 2024.
Fonte: CarPix
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