Em entrevista concedida recentemente à revista britânica AutoExpress, o chefão da Fiat, Olivier François, deu dicas importantes sobre o futuro da marca e adiantou que inédita estratégia de unificação será implementada em breve. Segundo o executivo, a empresa adotará posicionamento mais global e deixará de lado o atual regionalismo que tanto diferencia os portfólios europeu e brasileiro.
“Não há como a Fiat se tornar regularmente lucrativa - e é lucrativa agora, mas nosso plano é que ela se torne cada vez mais - se não fundirmos nossas linhas europeias e sul-americana”, disse François. Nesse sentido, o catálogo brasileiro poderá voltar a ter Fiats europeus em oferta, como acontecia na década de 1990.
De acordo com o executivo, o plano já está traçado e tem até mesmo data para ser implementado. “Começaremos em 2024, 2025 e 2026; este é o meu horizonte para carros que estão congelados em design e assim por diante, e teremos uma única linha. Pode ser elétrico em uma região e a combustão em outra, com apenas uma pequena diferenciação, o que me permite fazer enormes volumes na mesma base", explicou.
Como parte da estratégia, a Fiat passará a adotar em seus veículos a plataforma modular CMP/e-CMP. Como disse François, a arquitetura permite que o mesmo modelo seja produzido tanto em variante tradicional como puramente elétrica, a exemplo do Peugeot 208/e-208. Dessa forma, o mesmo veículo poderá ser vendido como EV em mercados mais avançados na eletrificação, como Europa, e com motores térmicos em países emergentes, como o Brasil.
O primeiro lançamento baseado nessa nova estratégia será a próxima geração do Tipo. O modelo está sendo desenvolvido para ser global, ao contrário do atual, e atrair clientes de diversas regiões, da Turquia à América Latina, além de mercados tradicionais da Europa. Será transformado em SUV e substituirá de uma só vez as carrocerias sedã, perua e hatchback. A estreia é aguardada para 2024 ou 2025.
Antes disso, porém, a Fiat lançará o 500X EV, que neste caso atenderá apenas o mercado europeu. Será revelado neste ano e começou a ser projetado antes da criação da Stellantis. Por isso, segundo François, ainda não será global. "Leva tempo para convergir", justificou.
Fonte: AutoExpress
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