Desde o início da pandemia, as dificuldades logísticas têm sido um dos maiores obstáculos para a retomada do setor automotivo mundial. Isso é visto principalmente na falta de semicondutores, os famosos "chips", que estão limitando a produção de carros novos e atrapalhando o trabalho das linhas de montagem globalmente.
E se você esperava que 2023 poderia ser o ano em que essa realidade mudaria, vai se decepcionar. Em entrevista ao site britânico Autocar, Imelda Labbé, membro do conselho administrativo da Volkswagen para vendas, pós-vendas e marketing, afirmou que a situação continuará complicada em relação aos chips neste ano.
A Volkswagen vendeu cerca de 4,56 milhões de carros em todo o mundo em 2022, o que representou uma queda de 6,8% na comparação com 2021. De acordo com Labbé, isso se deveu à "persistente falta de componentes". A executiva ainda afirmou que tal situação ainda "tem grandes chances" de continuar ao longo de 2023.
Ainda que a Volkswagen tenha vista uma queda no total de vendas, ironicamente as vendas de carros elétricos, que usam muito mais semicondutores, cresceram em 2022. Os modelos da família ID de carros movidos por baterias viram uma alta de 23,6% no ano passado quando comparada com as vendas de 2021.
No ano passado, as vendas de elétricos da VW chegaram a cerca de 330 mil unidades. Dados apontaram que o elétrico mais vendido da Volkswagen em 2022 foi o ID.4 que, sozinho, comercializou cerca de 170 mil unidades. Com 8.900 licenciamentos no ano passado, o VW ID.4 foi o carro mais vendido da Suécia pelo segundo ano consecutivo.
Mesmo com a falta de componentes eletrônicos, Labbé se mostrou otimista em relação ao futuro dos carros elétricos da Volkswagen. Segundo o membro do conselho da empresa, a estratégia de lançar 10 novos carros até 2026 continua. Recentemente, a marca apresentou a van ID.Buzz e, em breve, ainda deve lançar o ID.7, sedã grande que deverá servir como uma espécie de "Passat elétrico".
A executiva ainda afirmou que a Volkswagen já tem a linha de carros elétricos mais abrangente e que, futuramente, partirá de um modelo de entrada com expectativa de custar 25 mil euros (R$ 139 mil), até modelos como o ID.7, que cobrirá os mercados de modelos grandes e de luxo.
Fonte: Autocar
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