Nesta primeira parte da edição especial de fim de ano do Semana Motor1.com, vamos relembrar os principais acontecimentos automotivos que ocorreram no primeiro semestre de 2022. Começando pela renovação do Renault Kwid logo no início do ano, ganhando até uma inédita versão elétrica.
Ao longo do primeiro semestre, a Great Wall Motors detalhou sua chegada ao mercado brasileiro já contando com uma fábrica por aqui. Logo após, a Jeep repaginou o Renegade mais uma vez e trocou os motores, sendo que o diesel se despediu. O governo também tentou frear o aumento dos preços dos carros reduzindo IPI. Por último, a CAOA Chery anunciou a eletrificação de todos os seus modelos. Fique ligado que na próxima semana virá a segunda parte do Semana Motor1.com com os acontecimentos do segundo semestre.
Sempre na briga pelo posto de carro mais barato do Brasil, o Renault Kwid ganhou uma cara nova já em janeiro. O modelo recebeu faróis divididos e lanternas de LED em algumas versões. Por dentro ganhou um painel digital simples de LCD e ganhou mais equipamentos de segurança. Ele passou a sair de fábrica com 4 airbags e controle de estabilidade.
Outra mudança grande foi o motor, o motor 1.0 de três cilindros tem comando duplo de válvulas e foi recalibrado. Não tem o variador de válvulas como o Sandero, mas ganhou 2 cv de potência extra. Com as mudanças, veio a promessa de fazer quase 16 km/l na estrada com gasolina. Só que de janeiro pra cá, o Kwid subiu de preço. Seu preço começava em R$ 59.890 e ia até R$ 67.690. Hoje não sai por menos de R$ 66.590 e chega a R$ 73.890.
Um pouco depois, em abril, chegou o Kwid elétrico, o E-Tech que é importado da China. Custando hoje R$ 146.990, ele pelo menos tem um acabamento melhor e mais equipamentos, como 6 airbags de série, por exemplo. A Renault do Brasil instalou um motor elétrico mais forte, de 65 cv, porque o modelo chinês tinha apenas 44 cv. As baterias são relativamente pequenas, com 27 kWh, mas ainda entrega uma autonomia de até 298 km.
Também em janeiro a gigante chinesa Great Wall Motors anunciou sua chegada ao Brasil. A empresa já comprou uma fábrica no interior de São Paulo pra fabricar seus modelos por aqui futuramente. A Great Wall tem várias marcas, cada uma delas atuando em um segmento. A GWM trabalha com picapes e a Haval fica com os SUVs.
Tanto que o primeiro carro que chegou por aqui ainda importado foi o Haval H6, um SUV médio pra grande que já chega híbrido. A ideia da Great Wall é chegar por aqui sempre com veículos híbridos ou totalmente elétricos. Até as picapes.
Em fevereiro, chegou o novo Jeep Renegade e, dessa vez a Jeep mexeu menos no carro e mais no motor. De uma vez só ela deu fim ao antigo 1.8 flex eTorq e também no 2.0. Ele passou a ser equipado sempre com o 1.3 turbo flex de até 185 cv de potência.
Por fora, as mudanças foram menores, com novos para-choques, faróis e lanternas. Por dentro, o SUV ganhou um volante novo, igual ao do Compass e mais alguns equipamentos. O Jeep Renegade passou a ter de série 6 airbags, controle de estabilidade, faróis de LED e até frenagem autônoma de emergência, entre muitos outros itens.
Em março, os preços dos carros novos estavam em uma escalada ascendente e as vendas estavam dando os primeiros sinais de piora, o que acendeu o alerta na indústria automotiva. A redução foi relativamente pequena, mas muitas montadoras correram para aproveitar os valores menores.
Mas poucos meses depois, os preços já estavam subindo de novo. Efetivamente, a redução do IPI serviu apenas pra segurar os reajustes por um tempo, pois os principais fatores que estavam puxando para cima os preços dos automóveis, como logística inconsistente após a pandemia e a desvalorização do real, ainda estavam atuando.
Em junho, a CAOA Chery anunciou uma nova estratégia para a marca aqui no Brasil. Nela, todos os carros da CAOA Chery seriam eletrificados em nosso mercado. Assim, a marca passou a oferecer ao longo do ano os modelos Tiggo 5X, Tiggo 7 Pro e Arrizo 6 com um sistema híbrido-leve, com um gerador que substitui o alternador e o motor de arranque pra ajudar o motor a combustão nas acelerações.
Híbrido de fato, com um motor elétrico que move o carro sozinho, veio na forma do Tiggo 8 Pro, que ainda pode ter as baterias carregadas também por tomada. Somando o desempenho do motor 1.5 turbo com mais dois elétricos dá uma potência combinada de 326 cv.
A marca ainda passou a comercializar o iCar, o carrinho 100% elétrico da empresa. No lançamento, custava R$ 146.990, tinha estrutura de alumínio, carroceria de plástico, um motor elétrico de 61 cv, 30,4 kWh de baterias e autonomia de 282 km.
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