Enquanto muito se discute sobre o fim dos carros a combustão e o domínio dos elétricos, há quem não desista dos bons motores tradicionais. A Porsche, apesar do alto investimento na eletrificação, também colocou esforços no desenvolvimento de um combustível sintético, o eFuel, que será produzido inicialmente no Chile.
Depois de anos de projeto, agora começou a produção do eFuel no Chile. Para celebrar, um 911 foi abastecido com os primeiros litros que saíram da planta, que usa dióxido de carbono e água com uma grande quantidade de energia elétrica, gerada pelo vento - e por isso a produção em Punta Arenas, uma região em que venta bastante boa parte do ano a tembém uma área de fácil acesso para exportação. Ainda é uma fase inicial, piloto, mas muito importante nesse processo.
"A Porsche está comprometida em dobro, com a mobilidade elétrica e o eFuel como uma tecnologia complementar. O eFuel reduz as emissões de CO2. Olhando para todo o setor, a produção industrial de combustível sintético crescerá ao redor do mundo. Com esta planta piloto, a Porsche está na liderança deste desenvolvimento", disse Barbara Frenkel, membro do Board executivo da Porsche AG.
Como ainda é uma fase inicial da produção, não há combustível de sobra para todos. Por ano, serão cerca de 130 mil litros, utilizados em projetos como a Porsche Cup e nos Porsche Experience Centers. Até 2025, o projeto é que a planta chilena produza 55 milhões de litros por ano, chegando aos 550 milhões de litros até 2027 para abastecer, segundo a Porsche, 1,3 bilhão de veículos a combustão que "sobreviverão" ao redor do mundo.
"O potencial do eFuel é gigante. Há mais de 1,3 bilhão de veículos com motores a combustão ao redor do mundo. Muitos deles ainda estarão nas ruas nas próximas décadas e o eFuel oferece aos proprietários desses carros uma forma de emissão neutra de carbono", disse Michael Steiner, membro do Board para desenvolvimento e pesquisas na Porsche AG.
Até o momento, a Porsche investiu US$ 100 milhões no desenvolvimento do eFuel. Plantas nos Estados Unidos e Austrália fazem parte dos planos para a produção do combustível que promete salvar o motor a combustão.
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