O ano de 2022 está chegando ao fim e assim podemos dizer que este foi um bom ano para os entusiastas da BMW, já que a marca alemã lançou a perua M3 Touring, o M4 CSL e também o novo M2. Tudo isso faz parte da comemoração dos 50 anos da BMW Motorsport, que seguiu a máxima de deixar o melhor para o final ao revelar o novo BMW 3.0 CSL, modelo que faz uma homenagem ao clássico esportivo da década de 1970.
O novo BMW 3.0 CSL é baseado no esportivo M4 e traz claras inspirações no 3.0 CSL, sigla que quer dizer Coupe Sport Lightweight. E se nos anos 1970 o esportivo tinha como base uma versão cupê do Série 7, enquanto que agora em 2022 o “remake” do clássico tem como base um cupê da família Série 4. Com isso, fica óbvio dizer como os modelos da marca bávara cresceram de tamanho, uma tendência em toda a indústria automobilística, vale dizer. Para os não iniciados, o 3.0 CSL original de 1973 foi um modelo feito para homologação, que competiu no European Touring Car Championship.
Falando do novo BMW 3.0 CSL, ele ostenta uma grade dianteira com formato diferente igual ao conceito 3.0 CSL Hommage de 2015, mas que traz um preenchimento trançado em vez de filetes verticais. A moldura da grade tem acabamento alumínio acetinado, presente também no contorno das janelas, enquanto o para-choque dianteiro tem entradas de ar arredondadas como o modelo original, que servem para resfriar o motor e os freios. No capô, as aletas nas laterais do capô também são uma referência ao clássico.
O cupê tem ainda faróis adaptados do M4 CSL, que aqui trazem lentes amarelas como carros de pista, enquanto a carroceria traz para-lamas mais pronunciados, acomodando rodas forjadas de 20 polegadas na dianteira e de 21 polegadas na traseira, ambas pintadas de dourado. Os pneus ainda trazem a inscrição “50” na lateral em homenagem ao meio século da divisão esportiva.
Não tem como dizer que a parte mais interessante do cupê esportivo é a traseira, que faz uma conexão direta com o clássico de 1970 ao trazer uma asa traseira destacada ao estilo do icônico Batmóvel. A asa preenche toda a traseira, que deixa o carro com aspecto bastante pontiagudo, se unindo ainda ao desenho do para-choque totalmente remodelado e num estilo arqueado. Na traseira há ainda um difusor com quatro saídas de escape e outro defletor menor fica sobre o teto – parecido com o cupê original.
Na cabine a BMW tirou os bancos traseiros para reduzir o peso total do cupê, instalando ainda bancos esportivos dianteiros em fibra de carbono. O isolamento acústico também foi reduzido afim de diminuir peso – e certamente para melhorar a experiência sonora dentro do carro. O carro conta tanto com uma pegada esportiva que traz um compartimento para guardar capacetes no lugar onde ficavam os assentos de trás.
A BMW também caprichou debaixo do capô, já que colocou no novo 3.0 CSL o motor seis cilindros em linha mais potente feito pela marca: o motor 3.0 turbo rende seus 560 cv de potência e 56 kgfm de torque, o que na prática são 10 cv a mais que o M4 CSL de 550 cv e, curiosamente, 10,2 kgfm a menos – provavelmente por usar um exclusivo câmbio manual de 6 marchas que não deve aguentar o torque total. Como manda a tradição da marca a tração é traseira, com o eixo traseiro trazendo diferencial ativo M. Soma ainda freios de carbono-cerâmica de série, além de suspensão adaptativa M com amortecedores controlados eletronicamente.
Galeria: BMW 3.0 CSL 2023
O novo 3.0 CSL terá apenas 50 unidades produzidas, que serão numeradas e produzidas individualmente ao longo de três meses. Segundo a BMW, a pintura requer um processo especifico, enquanto algumas peças de polímero de fibra de carbono são feitas artesanalmente. Além disso, cada carro passa por oito ciclos de montagem em estações de produção, cujo processo leva até 10 dias.
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