Jeep Compass tem vendas suspensas na versão básica Sport 1.3 turbo
Fabricante diz que suspendeu os pedidos desta configuração pela falta de componentes
Quem entrar no configurador do Jeep Compass no site oficial da marca irá notar a ausência da versão Sport com motor 1.3 turboflex, justamente a opção mais barata do SUV médio. Não é um defeito do site, a fabricante realmente suspendeu os pedidos na rede de concessionários. Porém, não significa que tenha perdido de vez a versão, pois a empresa afirma que é uma medida temporária por conta da “limitações de componentes.”
O Jeep Compass Sport T270 era a versão mais barata, vendida por R$ 171.990, o que são R$ 8 mil a menos do que a variante Longitude, agora a mais acessível da linha. A diferença é justificada pela adição da central multimídia de 10,1” (o Sport tem um display de 8,4”), retrovisores elétricos, computador de bordo com tela de 7”, rodas de liga leve de 18” e bancos de couro. Além disso, traz todos os equipamentos do Sport, com faróis full-LED, controle de estabilidade e tração, seis airbags, chave presencial, freio de estacionamento eletrônico com função auto hold, sensores de chuva e crepuscular, ar-condicionado de duas zonas e mais.
Oficialmente, a Jeep diz que o problema está na disponibilidade de peças, o que obrigou a fabricante a suspender os pedidos:
"A indústria ainda se ajusta às limitações de componentes. Isso pode acarretar na variação da oferta de determinados modelos."
O que causa esta decisão é o tempo de espera das demais versões. Em junho, um documento enviado às concessionárias mostrava o prazo de faturamento de toda a linha da Jeep e que algumas versões, como a Limited (tanto com motor 1.3 turboflex quanto 2.0 turbodiesel) tinha uma fila de espera até março de 2023. A versão o menor prazo era justamente a Sport, mostrando que a procura era mais baixa. Suspender os pedidos do Compass Sport ajuda a Jeep a ter mais componentes, principalmente os semicondutores, para conseguir completar os pedidos das versões mais caras, evitando que os clientes desistam do negócio.
A Stellantis, dona da Jeep, ainda tem outro problema: precisa compartilhar os semicondutores não só com outros modelos da linha da Jeep, como de outras marcas do grupo: Fiat, Peugeot e Citroën. As três fizeram lançamentos neste ano, como o Fiat Fastback, Peugeot 208 1.0 e o Citroën C3, que já acumulam pedidos. Sem contar os carros que já tem uma procura alta há tempos, como é o caso da Strada.
Nesta situação, a própria Jeep não tem uma previsão de retorno para o Compass Sport T270. A falta de semicondutores, embora tenha aliviado nos últimos meses, ainda é um problema para a indústria e que muitos analistas e empresas apontam que continuará a afetar não só as fabricantes automotivas, como de outras áreas como tecnologia, ao longo de 2023. A expectativa é que a escassez seja resolvida apenas em 2024.
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