Passada a sequência de reduções de preços por conta do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022 que limita a incidência do ICMS sobre a gasolina e também devido a queda do valor do barril de petróleo no mundo, o preço da gasolina voltou a subir no Brasil. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor da gasolina nos postos de combustíveis voltou a subir pela quarta semana seguida.

Com esse cenário, o valor médio da gasolina diretamente na bomba passou de R$ 4,91 (segundo levantamento da ANP entre 23 e 29/10) para R$ 4,98 – valor médio praticado nos postos de combustíveis entre os dias 30/10 e 5/11. Uma alta de 1,42% de uma semana para a outra – período que coincide com o fim do período do 2º turno das eleições em todo o Brasil, ocorrido no domingo retrasado, dia 30 de outubro.

Posto de combustível_by Marcello Casal Jr.

Vale lembrar que na primeira semana de outubro, cujo levantamento pela ANP foi feito entre os dias 2 e 8 de outubro, o preço médio da gasolina no país era de R$ 4,79. Dali em diante, o combustível derivado do petróleo passou por quatro reajustes seguidos, indo a R$ 4,86 no período de 9/10 a 15/10; a R$ 4,88 entre 16/10 a 22/10 e a 4,91 entre os dias 23/10 e 29/10, isso até chegar aos atuais R$ 4,98 apontado pelo levantamento do órgão entre 30/10 e 5/11. Com isso, em um período de um mês a gasolina subiu R$ 0,19 centavos nos postos do Brasil, em média.

No balanço da ANP atual, o menor preço encontrado nos postos foi de R$ 4,26, enquanto que a gasolina mais cara ficou em R$ 6,99 o litro. Há um mês atrás era possível encontrar a gasolina com valor mínimo de R$ 4,15, com o valor máximo também ficando em R$ 6,99 (levantamento de 2/10 a 8/10 da ANP).

Etanol e diesel também subiram de preço

O etanol hidratado também vem sofrendo com aumentos seguidos nas últimas semanas, tanto que esta é o quinto reajuste consecutivo no preço do combustível derivado da cana – e isso num histórico de cinco meses de queda. Dessa forma, o litro do etanol hidratado ficou R$ 0,07 centavos mais caro, passando de R$ 3,63 para R$ 3,70 o litro na bomba. O preço mais alto visto pela agência nesta semana foi de R$ 6,19, enquanto o mais baixo foi de R$ 3,07 – uma grande diferença de R$ 3,12.

Muitíssimo importante para a logística do Brasil, que depende fervorosamente do transporte rodoviário via caminhões, o preço do diesel voltou a subir um pouco depois de uma pequena queda na semana anterior. Isso posto, o valor médio do litro do diesel foi de R$ 6,56 para R$ 6,58. Já quando pegamos os valores praticados nos pontos de abastecimento, o menor encontrado nesta semana foi de R$ 4,45, enquanto o litro mais caro do diesel foi visto por nada menos do que R$ 7,99.

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Ponto importante a se observar é que os reajustes nos preços da gasolina e diesel que chegam na bomba para o consumidor ocorrem mesmo num período em que os combustíveis vendidos pela Petrobras às distribuidoras não passam por aumento desde junho.

Apesar dos aumentos, o combustível vendido no Brasil está com o valor defasado em relação aos preços praticados no exterior. De acordo com cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço do diesel está em 8%, enquanto que a da gasolina fica em 3%. Vale lembrar que os preços dos combustíveis no Brasil variam por conta da política de Preço de Paridade Internacional (PPI), adotada pela Petrobras desde 2016 e que sofre influência direta do dólar e da cotação do petróleo no exterior.


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