De 2018 para cá, muita coisa mudou. Naquele ano, a Audi apresentou o e-tron, seu primeiro 100% elétricos em forma de SUV e que, ao redor do mundo, já vendeu 150 mil unidades. Dentro do portfólio elétrico da marca alemã, chegaram em seguida o e-tron GT, Q4 e-tron e, em breve, o Q6 e-tron. Nisso, o primeiro precisou mudar seu nome.
A primeira mudança do e-tron é que ele se tornou Q8 e-tron. Com isso, ele se posiciona como o maior SUV elétrico da linha com o nome do irmão a combustão. O SUV também estreia a nova linguagem de design para elétricos da Audi, com novo logo, mudanças na grade dianteira e uma faixa de LEDs que interliga os faróis e ilumina as quatro argolas da Audi, um efeito para realmente marcar que ali está um Audi elétrico. As colunas B recebem uma identificação Audi, assim como leves mudanças nos parachoques dianteiro e traseiro.
Na Europa, o e-tron tem três opções de potência, sempre com tração integral: 50, 55 e S. Indisponível no Brasil, o 50 tem 312 cv e 55,1 kgfm de torque. Antes com uma bateria de 71 kWh (64 kWh úteis), recebe a bateria que era do 55 e S, com 95 kWh (86 kWh úteis), com uma autonomia pelo WLTP indo para 480 km na carroceria SUV e 500 km no Sportback, ou 40% mais.
O Audi Q8 e-tron 55, o conjunto que já era oferecido no Brasil (como e-tron) com 408 cv e 67,7 kgfm, recebe um conjunto de baterias de 114 kWh (106 kWh úteis), o que dá a ele uma autonomia 30% maior pelo WLTP, com 580 km no SUV e 600 km no Sportback, sempre beneficiado pela aerodinâmica da carroceria. A mesma bateria está disponível para o SQ8 e-tron, com autonomia de 500 km para as duas variantes de carroceria - o mais esportivo tem três motores, sendo dois traseiros, com um total de 503 cv e 99,2 kgfm.
Esse aumento da autonomia também vem com uma nova programação do sistema de gerenciamento de carga, que também permite recargas mais rápidas. O Q8 e-tron 50 chega aos 150 kW de recarga, enquanto os dois outros vão aos 170 kW, com 10 a 80% em cerca de 31 minutos. Em wallbox, são até 11kW, com opcional de 22 kW.
O motor traseiro dos 50 e 55 é novo. Antes 12 geradores de campo eletromagnético, são 14 nesse novo motor, que produz maior campo com a mesma corrente, o que significa maior torque e menos energia para gerar a mesma força. O sistema do SQ8 e-tron é o mesmo, com três motores.
Outros ajustes foram feitos no novo Audi Q8 e-Tron. A suspensão a ar foi recalibrada para melhor dinâmica, assim como uma direção elétrica mais direta e buchas mais rígidas na parte dianteira. A aerodinâmica recebeu uma melhora com novos spoilers nas rodas dianteiras e traseiras, com maior fluxo de ar desviado da região, e a grade dianteira recebe um sistema ativo, que abre ou fecha dependendo da necessidade de fluxo. A parte inferior foi toda coberta com placas para melhorar o fluxo, inclusive nas bandejas da suspensão e eixos.
A Audi também aplicou novos materiais no Q8 e-tron. No interior, materiais feitos parcialmente com garrafas PET recicladas, assim como reciclados em isoladores de calor e acústicos, assim como no carpete. Os bancos são em tecido sintético, imitando couro, e material chamado Dinamica, feito com 45% de fibras de poliester também vindas de garrafas plásticas recicladas, tecidos usados e resíduos de fibras, além de não usar solventes. Pequenas peças de acabamento usam uma nova técnica para plásticos reciclados.
O novo Audi Q8 e-tron, assim como o Q8 e-tron Sportback e a linha SQ8 e-tron, serão lançados na Alemanha em fevereiro de 2023. A renovação deve chegar ao Brasil em algum momento do próximo ano também, mas mais provavelmente no segundo semestre.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Audi vai manter nome E-Tron em seus carros elétricos
Nova Ranger Super Duty vem aí: Ford divulga teaser e confirma estreia
Audi: Futuros elétricos poderão filtrar ar enquanto você dirige ou recarrega
Segredo: VW pode adotar câmbio de 8 marchas do Polo ao Taos até 2030
Ken Block mostra seu Audi RS E-Tron GT usado no dia a dia
Novo Chevrolet Equinox é confirmado para o Brasil com duas versões
Teste Audi RS e-Tron GT: Presságios de um futuro bom