Avanços tecnológicos são sempre importantes e bem-vindos na indústria, mas substituir itens que sempre funcionaram perfeitamente por funções anunciadas como inovadoras quase nunca é uma boa ideia. Prova disso é o uso de superfícies sensíveis ao toque no lugar dos tradicionais botões físicos. A troca na maioria das vezes é motivo de reclamação e tem obrigado muitas montadoras a repensar a estratégia.
A Volkswagen, por exemplo, acaba de anunciar que trocará os comandos touchscreen que usa no volante de alguns modelos pelas tradicionais teclas de pressão. A confirmou partiu de ninguém menos que Thomas Schäfer, atual chefão da empresa, em anúncio publicado no LinkedIn. Segundo o executivo, a decisão foi tomada após ouvir o feedback dos clientes sobre o desejo de se livrar das confusas superfícies de toque.
"Estamos aprimorando nosso portfólio e nosso design, além de criar uma nova simplicidade na operação de nossos veículos. Por exemplo, estamos trazendo de volta o volante com comandos por botão de pressão! É isso que os clientes querem da VW", explicou.
A nova estratégia será implementada pela primeira vez no Golf 2024, que já roda em testes com visual renovado e mudanças na cabine. Na sequência, os botões voltarão em outros lançamentos, como a próxima geração do Tiguan (também já flagrada em testes).
Além da Volkswagen, outras montadoras têm buscado o caminho do equilíbrio funcional entre soluções digitais e analógicas, de modo a conciliar tecnologia com usabilidade. A Honda, por exemplo, optou por essa estratégia na nova geração do Fit, trocando os comandos touchscreen do sistema de ar-condicionado pelos tradicionais botões.
“Saímos da superfície sensível ao toque depois de recebermos comentários de clientes de que era difícil operar o sistema intuitivamente", explicou a marca. "Você tinha que desviar o olhar para a tela para poder fazer qualquer alteração. Portanto, mudamos para que o cliente possa usar sem olhar, dando mais confiança ao dirigir", completou.
Fonte: Thomas Schäfer / LinkedIn
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