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Renault estuda oferecer carro híbrido flex no Brasil

SUV-cupê Arkana pode ser o primeiro carro a usar a tecnologia no país

Renault Arkana E-Tech 145

Além de investir em sua linha de elétricos, prometendo o novo Megane E-Tech para 2023, junto com o Kangoo E-Tech e Master E-Tech, a Renault tem planos de trazer um outro tipo de carro eletrificado ao Brasil. Sem comentar qual será exatamente o modelo, a marca disse que está estudando o investimento em um sistema híbrido flex para o país. Porém, não tem data nem confirmação se realmente fará um aprote nesta tecnologia.

Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil, Fabrice Cambolive, COO (Chief Operating Officer) da marca Renault, falou sobre os planos para um carro híbrido flex durante o evento E-Tech 100% Electric Days em São Paulo. Gondo não deu data nem qualquer outra informação. O executivo foi complementado por Fabrice Cambolive, COO (Chief Operating Officer) da empresa, que destacou a importância dos híbridos plug-in, dizendo que faz mais sentido nesta transição para a eletrificação no Brasil.

Isto significa que, caso o projeto siga em frente, o híbrido flex da Renault será um PHEV? A Renault disse apenas que “ainda não é hora de falar dele”. Atualmente, a marca tem somente três carros com sistemas híbridos (normal ou plug-in). O Clio e o Arkana oferecem um sistema convencional, enquanto o Captur europeu é o único carro híbrido plug-in da Renault.

O Captur não faria muito sentido. A versão europeia do SUV é mais refinada do que o nosso, usando a plataforma CMF-B (o nosso tem a base B0 do Duster), porém é menor do que tanto o Duster quanto o Captur brasileiro. Só teria chances se a variante nacional saísse de linha para não ter uma briga pelo nome.

Renault Clio E-Tech em testes no Brasil

No caso do Clio E-Tech, o hatch foi avistado em testes no Brasil. Na época, ainda não tínhamos informações sobre a razão do compacto estar no país. Poderia ser por conta da plataforma CMF-B, que será produzida em São José dos Pinhais (PR) e servirá de base para um SUV compacto inédito da marca (que pode até ser batizado como Clio). A outra possibilidade era o início dos testes do sistema híbrido para avaliar sua aplicação nos carros vendidos aqui. O problema, novamente, é o preço. Muitas marcas estão com problemas para vender os hatches elétricos, um híbrido seria tão difícil quanto por não conseguir ter um valor competitivo.

Novo SUV-cupê da Renault - Flagra

O terceiro carro híbrido da Renault é o SUV-cupê Arkana. Durante nosso test-drive com o Menane E-Tech, Motor1.com ouviu da fabricante que o utilitário será vendido no Brasil e que o plano será vender a versão híbrida. Inclusive já foi visto em testes no país. Só que há um pequeno problema: o carro está para mudar e já roda na Europa com um novo design. Inclusive existem rumores de que terá outro nome, abandonando o batismo Arkana para se chamar Captur Coupé.

A fala de Cambolive dá uma indicação de que a Renault começará a colocar um sistema PHEV em mais carros além do Captur, para atender às normas de emissões em diversos países. Como o Arkana híbrido já está nos planos da empresa para o Brasil, transformá-lo em flex faria sentido. E a renovação pode até trazer uma nova variante PHEV, dentro desta visão do executivo de apostar mais nesta tecnologia para fazer a transição para os elétricos.

Caso seja o Arkana com um sistema híbrido normal, o SUV virá com o 1.6 aspirado combinado e um motor elétrico, entregando um total de 143 cv e prometendo um consumo de 20,8 km/litro. Se ganhar uma versão PHEV como o Captur, ela seria equipada com o mesmo motor 1.6, porém com 160 cv e uma bateria maior, contando com uma autonomia elétrica de 50 km e um consumo combinado de 76,9 km/litro segundo os testes na Europa.

Ainda assim, a Renault trata o híbrido flex como algo incerto e que está em estudos. A fabricante ainda está investindo R$ 2 bilhões no Brasil para produzir carros com a plataforma CMF-B, um inédito motor 1.0 turbo e o novo SUV compacto que substituirá o Sandero. Desenvolver o sistema flex demandaria uma parte deste aporte e ainda há o problema de que seria usado, temporariamente, em apenas um carro. Teremos que esperar mais um tempo por um posicionamento por parte da Renault.


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