Nesta semana, planos da Toyota mostraram que a marca já pensa no desenvolvimento de uma Hilux híbrida, tendo como base a plataforma TNGA-F da empresa. No entanto, tudo leva a crer que a Toyota não está vislumbrando um futuro totalmente eletrificado para sua picape, uma das mais vendidas do mundo.
Em entrevista ao site norte-americano Car Buzz, o engenheiro-chefe da Toyota para picapes e veículos off-road nos EUA, Mike Sweers, revelou ter algumas ressalvas quanto à viabilidade de produção de uma Hilux totalmente elétrica, incluindo preocupações com a capacidade de carga e a de reboque também.
De acordo com o executivo, "o motor de um veículo elétrico alimentado por baterias é como um botão liga/desliga, então é divertido no começo. Mas você pode rebocar com ele? E até onde você pode rebocar até precisar recarregar? Você consegue encontrar uma estação de recarga? Uma picape elétrica vai satisfazer as necessidades do cliente que compra picapes?".
Sweers ainda se mostrou preocupado com a infraestrutura. O engenheiro da Toyota diz que a marca adota uma abordagem mais balanceada para eletrificação, investindo em modelos híbridos, híbridos plugáveis e elétricos a hidrogênio, entre outras tecnologias. Além disso, a autonomia baixa, principalmente quando a picape está com muita carga, pode causar ansiedade nos clientes: "Você vai fazer o quê quando a bateria acabar? Não é como se você pudesse trocar o pack de baterias por pilhas AA e continuar seu caminho".
Além de passar a oferecer uma motorização híbrida, a futura Toyota Hilux trocará de plataforma e adotará uma nova filosofia de design. A base TNGA-F foi desenvolvida especialmente para veículos construídos com carroceria sobre chassi. Trata-se da mesma plataforma já adotada por modelos como Land Cruiser, Tundra e Sequoia, e que em breve será usada também pela próxima linhagem da Tacoma (prima da Hilux vendida na América do Norte).
A TNGA-F também já foi concebida para abrigar tanto motorizações a combustão quanto conjuntos híbridos. Ao que tudo indica, a Hilux híbrida combinará o motor elétrico a provavelmente uma versão atualizada do atual 2.8 turbodiesel. O lançamento acontecerá em 2023, começando por mercados da Ásia e Oceania. Na sequência, a nova picape chegará à América Latina com produção na fábrica de Zárate, na Argentina. A versão híbrida também será montada no país vizinho e certamente chegará ao Brasil, maior e mais importante mercado da região.
Fonte: Car Buzz via Cars Guide
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