Em 2019, quando aconteceu o último Salão Duas Rodas, a Honda expôs a Forza 300, mais uma opção para o segmento das scooters maiores. A promessa era que a moto chegaria em 2020. No entanto, a Honda Forza, assim como diversos outros setores da indústria, foi atrapalhada pelas dificuldades da pandemia e chega agora, em 2022, ao mercado brasileiro.
Ao contrário de motos como a Fireblade e modelos com câmbio DCT, importadas do Japão, a Forza é importada da Tailândia, país que sofreu bem mais com a emergência sanitária, daí o atraso. Agora 350, a nova Honda Forza 2022 começa a chegar nas lojas da rede Dream da Honda até o final de agosto. Seu preço? Exatos R$ 47.000.
A Honda Forza 350 se enquadra na categoria das Maxi-Scooters, a mesma da Yamaha XMax. A linha Forza já tem décadas de história da Europa e no Sudeste Asiático, mas só agora está desembarcando no Brasil, onde a demanda por scooters vem crescendo. É a quinta scooter da Honda no Brasil, juntando-se a Elite 125, PCX, ADV e X-ADV.
Na última atualização que recebeu para atender às normas Euro 6 de emissões na Europa, a Honda Forza teve a cilindrada aumentada para 330 cm³. Seu motor monocilíndrico tem arrefecimento a líquido com radiador frontal, atrás da roda dianteira. Ele é capaz de entregar 29,2 cv de potência a 7.500 rpm e 3,24 kgfm de torque a 5.250 rpm. O câmbio é automático do tipo CVT.
Ao contrário da SH 300i, moto que substitui, a Forza 350 não tem assoalho plano. Porém, isso serviu para deixar o chassi mais leve e a moto pesa a seco 176 kg. Outra vantagem é a disposição do tanque, que saiu debaixo do banco para ficar entre as pernas do condutor. Com isso, criou-se mais espaço sob o assento e a Forza 350 acomoda até 48 litros, ou dois capacetes integrais, por lá.
Outra alteração importante que chegou com o novo chassi foi um ângulo de cáster (formado entre o garfo e uma linha vertical a partir do chassi) mais fechado. Na Forza, tem a mesma medida da PCX, prometendo maior agilidade nas manobras de baixa velocidade. Geralmente, um cáster fechado deixa a moto arisca em velocidades altas, mas isso é compensado pelo entre-eixos maior.
Nas medidas, a Honda Forza 350 2022 tem 2.145 mm de comprimento, 754 mm de largura, 1.360 mm de altura e, mais importante, 1.510 mm de entre-eixos. A distância mínima em relação ao solo é de 145 mm e o assento está a 780 mm do chão. O tanque de combustível acomoda até 11,7 litros de combustível.
Na ciclística, a moto utiliza garfo telescópico na dianteira com 100 mm de curso, enquanto a traseira, biamortecida, tem 115 mm. As rodas de liga leve têm 15 polegadas de diâmetro na frente, com pneu 120/70, e 14 polegadas na traseira, com pneu 140/70. Os pneus são Pirelli Diablo Scooter de duplo composto, mais duro no centro da banda de rodagem para dar durabilidade e mais macio nas laterais para aumentar a aderência em curvas. Os freios são a disco nas duas rodas, com 256 mm de diâmetro na frente e 240 mm atrás.
Entre os principais itens de série, a Honda Forza 350 2022 traz chave presencial, iluminação completa por lâmpadas de LED, pisca-alerta, computador de bordo, tomada USB-C no porta-trecos dianteiro, freios ABS, controle de tração (desligável) e para-brisas com ajuste elétrico e 180 mm de amplitude controlado por um botão no painel.
Ao chegar perto, é possível ver que a Honda Forza 350, não é exagerada nas proporções. Apesar da cilindrada maior, traz os mesmos elementos de design encontrados em outras motos da marca, como PCX e a própria X-ADV. É perceptível que não se trata de uma scooter pequena, mas ela não é larga como outras maxi-scooters no mercado.
Ao sentar no assento, percebi que, mesmo largo, é recortado para facilitar o condutor a colocar os pés no chão. Com meus 1,72 m de altura, consegui apoiar um pé com firmeza no não sem dificuldades. A Forza ainda traz alguns elementos novos para quem está atrás do guidão, como os espelhos dobráveis que são fixados na carenagem, não no guidão. Ficam mais longe do que você espera, mas melhoram o campo de visão e também é o local onde ficam instalados os piscas.
A postura na Forza 350 é bastante relaxada e mesmo condutores mais altos vão achar uma posição confortável. Além de o assento ser comprido, o assoalho permite deixar os pés tanto em posição natural quanto avançados, apesar de a largura ser apenas justa para acomodar as botas, sem sobras.
O painel mescla velocímetro e conta-giros analógicos com um computador de bordo com tela de LCD. As funções são acionadas por botões no punho esquerdo e o design lembra bastante o usado nos carros da Honda também. Ali também fica o ajuste do para-brisas, que permite deixá-lo em qualquer altura que o condutor preferir dentro dos 180 mm de curso a qualquer momento.
O contato guiando a Honda Forza 350 foi bem curto próximo a um condomínio fechado no interior paulista, mas a moto impressionou já no começo. Aquela história de ângulo de cáster mais fechado se mostrou verdadeira, pois a Forza manobra com leveza em velocidades baixas, quase como uma PCX mesmo.
Um dos pontos fortes da Forza está na arrancada e na retomada. Partindo da imobilidade, a rotação trava no pico de torque e o velocímetro começa a subir rapidamente. Pode até assustar um desavisado. O mesmo ocorre em retomadas até cerca de 100 km/h. A partir daí, a moto entre no que parece ser um "modo de cruzeiro", onde troca a aceleração forte, por um rodar mais confortável para manter velocidades de rodovia. A 120 km/h, manteve cerca de 6.500 rpm e tem fôlego para mais de 140 km/h, nas minhas estimativas, claro.
Sendo um produto importado e pensado principalmente para a Europa, a Honda Forza 350 tem uma suspensão mais firme, o que é ótimo na estrada. Porém, na cidade e em asfaltos remendados, o condutor vai sempre ser comunicado dos buracos. Não chega a incomodar, mas o trabalho da suspensão é perceptível. Agora resta saber como o mercado reagirá à sua proposta e a seu preço.
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