Quando estreou em 1972 como um modesto cupê de duas portas, o Honda Civic não tinha a pretenção de ser o carro mais importante da fabricante. Cinco décadas depois, é um modelo vendido em praticamente todo o mundo, com inúmeros versões que o transformaram em um ícone. Agora em sua 11ª geração, o Civic celebra seus 50 anos e 27,5 milhões de unidades vendidas.
O primeiro Civic estreou com três opções de carroceria: um sedã fastback, um hatchback e uma perua. Foi um sucessor do Honda 1300, um carro que fracassou comercialmente. A empresa usou as lições aprendidas com o 1300 para criar o Civic, seu primeiro automóvel de sucesso comercial. Foi um modelo global, chegando à Europa, Ásia e Estados Unidos, neste último coincidindo com a entrada da marca no país.
Começou a crescer nos anos 2000, para que ficasse posicionado entre o Fit (e o sedã City) e o Accord na linha global da empresa. Porém, esta mudança de posicionamento levou a algumas mudanças para que não fosse tão refinado quanto o Accord, perdendo a suspensão de duplo A na dianteira e as versões de tração integral.
A primeira geração do Civic foi montada no Japão e vendeu mais de 1 milhão de unidades em cerca de quatro anos, um resultado impressionante para a época. A segunda geração chegou em 1979, com motores melhoras de uma transmissão manual de 5 marchas. Durou pouco, pois a terceira geração foi lançada apenas quatro anos depois, para atender as mudanças nas preferências dos clientes - carros maiores e mais potentes estavam ganhando espaço.
A sexta geração do Civic foi um marco para a Honda no Brasil, por ser o primeiro carro da marca a ser feito na nova fábrica em Sumaré (SP) a partir de 1997. Era vendido no país importante junto com o Accord, mas foi este o momento em que começou a ganhar volume no país.
Galeria: 50 anos de Honda Civic
Quando chegou na sétima geração, o Civic cresceu novamente. A Honda começou a investir em uma linha de entrada com o Fit e o City, então o sedã médio precisou mudar um pouco mais para justificar seu posicionamento. Também ganhou uma versão híbrida em alguns mercados pela primeira vez, que nunca chegou ao Brasil.
A oitava geração foi outro marco no Brasil, com o chamado "New Civic". Foi o ápice do sedã médio nas vendas por aqui, quando disputava a liderança do segmento com o Toyota Corolla em uma briga muito acirrada. Começou a perder ritmo no modelo seguinte, principalmente no mercado norte-americano, onde foi muito criticado pelo interior mais simples e seu design mais "sem sal". O impacto destas críticas foi tão grande que, quatro anos depois, a Honda mostrou a décima geração do Civic, desta vez com um visual bem mais ousado e o motor 1.5 turbo. Foi o último Civic a ser feito em Sumaré, encerrando a produção nacional.
E, agora, estamos na décima primeira geração do Honda Civic. Está sendo vendido em diversos mercados e o Brasil receberá o sedã no último trimestre deste ano, desembarcando em versão única e, pela primeira vez por aqui, com uma motorização híbrida. No ano que vem, ganhará a companhia do Civic Type R, a icônica versão esportiva que será vendido oficialmente nas concessionárias brasileiras a partir de 2023.
Fonte: Honda