A Ford do Brasil mantém operações ativas e importantes a nível global. Embora tenha encerrado a produção de veículos no Brasil, mantém um Centro de Desenvolvimento e Tecnologia que conta com 1.500 profissionais e atuam em projetos globais. Um deles é o desenvolvimento no Brasil do design e interior dos futuros veículos elétricos da Lincoln, marca de luxo do grupo.
Nesta sexta-feira (1), a Ford detalhou em sua nova sede em São Paulo as atividades do Centro de Desenvolvimento brasileiro, as estruturas em atividades e uma parte dos projetos de alta tecnologia que serão aplicados em modelos que chegarão a mercados globais dentro de 2 a 10 anos.
Recentemente, flagras de modelos como Lincoln Navigator e Ford Expedition rodando na região de Camaçari despertaram a atenção, mas agora estão explicados. Os dois modelos, como Motor1.com já havia informado, não serão vendidos no Brasil, mas são exemplos de estudos globais para o entendimento e desenvolvimento de novos sistemas e tecnologias. Será cada vez mais frequente a aparição de modelos da Ford e suas marcas rodando no Brasil por estes motivos.
A sede em Camaçari tem uma área total de 6 mil metros quadrados, distribuída em seis prédios que abrigam estúdio de design, laboratórios de realidade virtual e de Teardown – que realiza a desmontagem e análise de componentes –, escritórios e o DFord, nova área que funciona como uma startup com foco em inovação.
"A capacidade de desenvolver projetos extremamente complexos do início ao fim é uma vantagem competitiva que tornou o Centro de Desenvolvimento brasileiro uma referência na Ford mundial", destaca André Oliveira, diretor de Engenharia da Ford América do Sul.
Dentre os exemplos de projetos com expressiva participação do time brasileiro estão o desenvolvimento da nova linguagem de design dos futuros veículos elétricos da Lincoln e a implementação de tecnologias eletrificadas em modelos para o mercado global. Outra responsabilidade brasileira é o desenvolvimento das futuras gerações de sistemas de multimídia da Ford para aplicações em todo o mundo.
De acordo com os executivos da marca, a operação brasileira já é responsável pela criação e aprimoramento de um terço das funcionalidades embarcadas nos veículos Ford ao redor do mundo. Entre os exemplos estão o “One Pedal Drive” do Mustang Mach-E, a “Zone Lighting”, que controla as luzes externas da F-150, e também na adequação da carroceria para posicionamento de sensores, radares e câmeras e para a padronização de instalações e sistemas de limpeza para veículos autônomos.
Atualmente a Ford possui nove centros de tecnologia pelo mundo, sendo que o brasileiro está entre os maiores e mais completos do Hemisfério Sul. Como a Ford deixou de ter foco em produtos locais, 85% do trabalho é focado em projetos globais. Mesmo assim, produtos globais que são vendidos em nossa região recebem projetos de adequação para chegarem às lojas, em especial nos sistemas de suspensão e adequação de motores à nossa legislação e combustíveis.
“Hoje, nosso Centro de Desenvolvimento opera como uma unidade de negócio autossustentável, com uma expectativa de receita de R$ 500 milhões este ano para a Ford no Brasil”, afirmou Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
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