Durante conferência realizada em Paris para apresentação do conceito Scénic Vision, o CEO da Renault, Luca de Meo, criticou a metodologia usada atualmente pelo instituto Euro NCAP na avaliação da segurança veicular. Na visão do executivo, é necessário debater os critérios adotados e corrigir certos exageros, de modo a evitar que equipamentos sejam impostos por pressão dos fornecedores e não por evidências de que realmente garantem segurança.
"Precisamos ficar de olho no que realmente está trazendo soluções e no que é tecnologia absolutamente inútil", disse o chefão. “Estamos chegando ao limite de fornecedores tentando impor suas próprias ideias, em vez de fazer o que é bom para os clientes", argumentou.
De Meo enfatizou que gostaria trabalhar com autoridades na mudança de alguns regulamentos, porém reiterando que reconhece a importância da entidade. “Claro que respeito o Euro NCAP. Trabalhamos em conjunto há décadas. Fomos os primeiros a conseguir cinco estrelas com a Laguna”, disse ele.
“Eles nos ajudaram a nos concentrar nos problemas e melhorar, mas daqui para frente temos que debater qual é a abordagem certa e quais são as coisas que realmente fazem a diferença. Às vezes vejo coisas que desafiam a lógica", criticou.
“Eu quero um sistema de bom senso - talvez hoje em dia a mercadoria mais rara de todas. Se eles propusessem um sistema para impedir que os bêbados ligassem o carro, eu o instalaria amanhã. Se eles quisessem usar tecnologia autônoma para restringir excesso de velocidades, eu concordaria. Vamos analisar os problemas - velocidade, distração, problemas de condição física - com soluções", continuou.
Nos últimos meses, a Renault oscilou entre resultados animadores e decepcionantes no EuroNCAP. O recém-lançado Mégane E-Tech, por exemplo, arrancou elogios e conquistou classificação máxima de 5 estrelas. Por outro lado, o Zoe decepcionou ao zerar as provas, seguido por Dacia Jogger e Spring com uma estrela e Sandero com duas estrelas.
Fonte: Autocar
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