Hoje, praticamente todas as marcas oferecem um SUV. Lotus e Smart são duas que entraram para a lista. No começo de abril, a marca britânica apresentou o Eletre, seu primeiro SUV e que ainda é totalmente elétrico, enquanto a Smart revelou o #1, um pequeno utilitário que brigará com o Mini Countryman. Estes dois são uma resposta ao crescimento das vendas dos SUVs que acontece desde os anos 2000.
Como estes veículos costumam ter um preço mais alto, mesmo que compartilhem plataforma com modelos mais baratos, as fabricantes aproveitam para lucrar mais. A fórmula é bem simples: desenvolva uma plataforma e crie vários tipos de carroceria, com o SUV servindo como o ponto mais alto em questão de preços. E esta diferença de valores é significante, de acordo com os dados da JATO Dynamics.
Na Itália, por exemplo, um SUV do segmento B é 35% mais caro do que um hatchback do mesmo tamanho. Esta diferença cai para 11% no segmento F. Em média, um SUV é 33% mais caro do que um carro de categoria equivalente. Baseado nisso, é fácil entender porque quase todas as fabricantes do mundo estão oferecendo ao menos um SUV.
Porém, ainda há quem resista a esta tendência, mesmo sabendo que poderia lucrar bastante com um SUV em sua linha. Algumas dizem não estarem interessadas pois vai contra o DNA da marca. Outras simplesmente não têm recursos para investir no desenvolvimento. E existem algumas fabricantes que não tem um SUV ainda, mas já trabalham no seu 1º utilitário.
Até o final do 1º trimestre de 2022, você não não encontrará um SUV em nenhuma das seguintes marcas: Abarth, Alpine, Bugatti, Chrysler, Ferrari, Lancia, Lucid, McLaren, Pagani, Polestar, e Ram. A lista não contabiliza algumas fabricantes de nicho, como Caterham, Morgan, Dallara, Rimac, Koenigsegg e outras do tipo.
No caso da Alpine, Ferrari e Polestar, esta situação é temporária, pois um SUV está nos planos para os próximos dois anos. A Ferrari será a primeira a ter o seu utilitário, pois o Purosangue está em testes e será revelado ainda este ano. Com exceção da Ferrari, estas marcas precisam de um SUV para ganhar mais espaço, por serem empresas relativamente novas.
Recentemente a Chrysler apresentou o conceito Airflow, que caminha entre as linhas de um SUV, crossover e hatchback, mas que ainda vai levar alguns anos para iniciar a produção. A Abarth ainda não tem um SUV, mas a divisão brasileira da Fiat resolverá este problema com o Pulse Abarth, que iniciará as vendas no 2º semestre com motor 1.3 turbo de 185 cv.
Outras como Bugatti, McLaren e Pagani são marcas de supercarros onde um SUV pode não ser a prioridade no momento. Só que isto pode mudar. A Lamborghini tem feito sucesso com o Urus, que atualmente é o modelo mais vendido da italiana. Dependendo do sucesso do Ferrari Purosangue, ficará difícil para as rivais ficarem longe do segmento. A única que realmente não deve entrar nesta área é a Ram, por ser voltada para picapes e veículos comerciais, então não faria sentido ter um SUV.
A Lucid, fabricante independente de veículos elétricos, está começando sua carreira com o sedã Air, mas um SUV deve estar nos planos para os próximos anos. Outra das inúmeras marcas da Stellantis, a Lancia será reestruturada com novos produtos, mas as últimas apresentações da empresa não mencionam a possibilidade de ter um utilitário.
O autor deste artigo, Felipe Munoz, é especialista da indústria automotiva na JATO Dynamics.
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