Fornecedores de ABS têm produção dificultada por falta de materiais

Uma das tendência da indústria de duas rodas é - ou deveria ser - a adição de cada vez mais tecnologia embarcada nas motocicletas. Elas evoluíram de um simples veículo de duas rodas para um supercomputador móvel com décadas de pesquisa e desenvolvimento por trás dele. No entanto, há um inconveniente inevitável para isto.

À medida que a tecnologia avança, também aumenta o número de componentes. À medida que você adiciona cada vez mais peças à mistura, há uma chance maior de que algo dê errado. Sem mencionar a complexidade extra envolvida na produção destas máquinas.

Este é exatamente o cenário atual, com escassez de fornecimento de materiais brutos afetando os setores automobilístico e de motocicletas, assim como muitas outras indústrias. Diversos fatores estão levando à esta situação, com empresas estagnadas por causa da pandemia COVID-19, falta de matéria-prima e dificuldades logísticas que contribuíram para o efeito bola de neve que resultou nesta crise, impactando inúmeras indústrias.

Desta vez, o problema se manifesta no fornecimento dos sensores que possibilitam o funcionamento dos freios ABS. O ABS é agora considerado como uma das soluções de segurança para motocicletas mais revolucionárias já concebidas. O ABS em uma motocicleta era quase inédito nos anos 90 e início dos anos 2000, sendo que somente os modelos mais premium possuíam esta característica.

O ABS é agora tão comum quanto as luzes de LED e até mesmo as motocicletas de entrada, como a Yamaha Fluo 125, são equipadas com ele de fábrica. Agora, em um relatório da publicação francesa Moto-Station, alguns fabricantes relataram que estão tendo dificuldades para acompanhar a demanda por sensores ABS, devido à falta de matéria-prima, mais especificamente, certos tipos de metais.

Como resultado desta carência, alguns fabricantes que dependem de outras empresas para componentes podem precisar mudar seus planos de produção para se adaptarem à redução do fornecimento de peças. Isto se soma à já longa lista de espera que já existe por componentes eletrônicos, como semicondutores. Para piorar a situação, sistemas adicionais como controle de tração e controle eletrônico de estabilidade dependem das informações geradas pelo módulo ABS.

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Entretanto, se os dois anos anteriores forem alguma indicação do que está por vir, o setor muito provavelmente descobrirá métodos para se adaptar e superar a dificuldade. Com a maioria das restrições associadas à pandemia voltando ao normal, a produção das fábricas e refinarias de matéria-prima está novamente em ascensão. Dito isto, no momento, tudo o que podemos fazer é esperar que a indústria seja capaz de recuperar em breve.