Toyota fechará fábrica de São Bernardo do Campo após 60 anos
Unidade é responsável pela produção de componentes para abastecimento local e exportação
A Toyota anuncia nesta terça-feira (5) o fechamento da tradicional fábrica de São Bernardo do Campo (SP), considerada uma das mais antigas do país no setor automotivo e a 1ª da marca fora do Japão. A unidade começará a ser desativada ainda neste ano e terá toda a produção de componentes (tanto para abastecimento local quanto para exportação) transferida para as fábricas da empresa localizadas em Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz.
A Toyota diz que o processo será feito de forma gradual a partir de dezembro de 2022 e concluído em novembro de 2023. A medida foi tomada como forma de dar à empresa mais competitividade frente aos desafios do mercado brasileiro, bem como garantir a sustentabilidade de seus negócios no país. Apesar do encerramento das atividades, a marca informa que não prevê demissões e que oferecerá oportunidades para todos os 550 colaboradores da fábrica.
Galeria: Imagens históricas da fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo
Inaugurada em 1962, a fábrica de São Bernardo do Campo foi a primeira linha de montagem da Toyota no país e a primeira instalada pela marca fora do Japão. Atualmente, é responsável pela produção peças que equipam modelos feitos no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Entre os componentes, destaque para bielas e virabrequins que saem daqui para equipar os motores 2.0 e 2.5 que a Toyota monta no mercado norte-americano. As peças nacionais são exportadas para fábricas em West Virginia, Alabama e Kentucky.
A mesma área ainda produz bielas e virabrequins para o motor 1.3 usado no Etios de exportação, o 1.5 do Yaris e para o 2.0 aspirado do Corolla e do Corolla Cross. No caso da picape Hilux, fabricada na Argentina, a planta produz peças da carroceria e suspensão, bem como componentes dos braços de controle do sistema de amortecimento. Além disso, peças da suspensão do Corolla e da carroceria do Corolla Cross também saem de lá.
Por mais de 40 anos, a fábrica também foi responsável pela produção do icônico Toyota Bandeirante (nome exclusivo do Brasil, já que lá fora o jipão era chamado de Land Cruiser). A produção durou de 1962 até 2001, com mais de 100 mil unidades entregues.
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