Passado o lançamento da nova Ranger no ano passado, as atenções se voltam agora para a picape que herdará a sua mesma base: a Volkswagen Amarok de segunda geração. Faz quase dois anos que a nova picape ganha alguns teasers que revelam a conta-gotas seu novo visual, mas sem dúvidas a imagem de sua lateral é a mais reveladora até agora, além disso, a marca confirmou que a nova Amarok terá proposta mais premium.
Com lançamento marcado para este ano, a segunda geração da Amarok subirá de nível, como a própria marca afirma, “A nova geração vai fascinar os atuais fãs da Amarok, mas também terá como alvo um novo grupo de potenciais clientes no segmento de picapes premium”, diz um trecho do comunicado oficial divulgado pela Volskwagen. “O design da cabine e os equipamentos terão um caráter premium”. O desenho da Amarok foi tocado pelos designers da Volkswagen na Austrália e Alemanha, o que explica o toque arrojado europeu na nova geração da picape.
A segunda geração da Amarok contará com um visual mais “quadradão” definido. Alguns detalhes marcantes da primeira geração servirão de inspiração para o novo modelo, principalmente a parte frontal com os faróis de desenho retilíneo, que possuem agora formato mais retangular. O capô será mais alto e mais demarcado com vincos, enquanto o para-choque traz um detalhe pintado de preta que remete a letra X. Isso você tinha visto em teasers anteriores, mas a marca mostrou a lateral da picape em um teaser digital bem mais realista em relação a proporções.
Aqui as caixas de roda serão volumosas e com vincos bem aparentes, com a parte inferior das portas também trazendo dois vincos, enquanto o canto da janela da porta traseira revela o projeto baseado na Ranger. Ao menos nesse esboço digitalizado, a picape aparece com um santantônio integrado ao desenho da picape, mesma proposta do que é oferecido atualmente para a Amarok Extreme. Na traseira, as lanternas invadem as laterais e seu desenho remete à Nissan Frontier reestilizada que será lançada no Brasil em breve.
Em teasers anteriores, a VW mostrou que a Amarok será mais do que uma Ranger com o logotipo trocado. E com esse desenho da cabine fica nítida a diferença com as mudanças promovidas pela marca para não deixá-la parecida com a picape norte-americana, à exemplo dos botões diferentes para ar-condicionado, as linhas diferentes no painel em frente ao banco do passageiro e também no encosto de braço da porta, além do volante que, claro, traz o logo VW da marca alemã e o mesmo desenho dos carros mais recentes da montadora. Os detalhes que revelam o parentesco com a Ranger são a central multimídia na vertical e o formato das saídas do ar-condicionado.
Além de prometer uma picape premium, o que pode ser traduzido em um pacote de equipamentos mais recheado e uma cabine com melhor acabamento (esse último justamente uma das deficiências do modelo atual), a nova Amarok vai crescer e passar dos atuais 5,25 metros para 5,35 metros, ganhando assim 10 centímetros de comprimento. No próprio comunicado, a VW afirma que esse ganho de porte será sentido principalmente no espaço para as pernas no banco traseiro da picape, que por sinal ficará 40 mm mais larga. No mais, a nova Amarok também terá maior distância em relação ao solo, justamente um dos seus pontos mais críticos por ter apenas 220 mm.
Em relação a motorização, a Volkswagen revelou até agora que a nova Amarok será equipada com motor V6 turbodiesel, resta saber se será o mesmo ofertado hoje (que é o mesmo usado no Audi Q7) ou se vai aproveitar o propulsor seis cilindros da Ford, o que seria uma boa medida para reduzir os custos de produção. O que rola nos bastidores é que a Amarok vai compartilhar os motores com a Ranger, como o 2.0 turbodiesel, nas versões com um ou dois turbos, e o 3.0 V6 turbodiesel, todos desenvolvidos pela Ford.
Enquanto a nova Ford Ranger será produzida na Argentina, de onde virá para abastecer o mercado brasileiro (como o modelo atual), a nova Volkswagen Amarok terá produção exclusiva na fábrica da Ford na África do Sul, onde também será feita a Ranger. Isso quer dizer que, por mais que tenha um bom mercado no Brasil, é provável que a nova geração da picape da VW não seja vendida por aqui.
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