Quando a Citroën apresentou o C5 Aircross em 2018, durante o Salão de Paris, executivos da marca diziam que o SUV médio será lançado no Brasil. Anos depois, ainda não vimos o utilitário no país e a fabricante francesa já renova o carro, apresentando a reestilização de meia-vida.
A mudança mais substancial ocorreu na frente, onde o C5 Aircross não mais tem os faróis duplos. Desta vez, o conjunto é praticamente um só e a iluminação diurna em LED agora virou duas linhas vindas da grade e que passam por cima dos faróis. É uma mudança curiosa, já que a Citroën foi quem iniciou a tendência dos faróis duplos quando lançou a segunda geração do C4 Picasso em 2013.
Como aparentemente cada vez mais carros precisam de barras de luz, a Citroën instalou uma aqui, mas com uma diferença. Em vez de ser uma linha contínua, as duas linhas na grade são pontilhadas e acabam logo ao chegar no logo da Citroën. Isto cria um efeito interessante e bem incomum - o que a marca francesa adora fazer.
Fechando as mudanças na parte dianteira estão o para-choque redesenhado para dar a ilusão de que é um carro mais largo, efeito causado também pela entrada de ar inferior maior. As aberturas de ar verticais nas laterais substituem as peças quadradas do C5 Aircross antes da reestilização e ajudam a aumentar a circulação do ar, melhorando a aerodinâmica.
As mudanças visuais são menos evidentes na traseira, onde as lanternas mantiveram o tamanho. O que mudou foi a carcaça, também para melhorar a aerodinâmica, e um novo desenho interno em LED. Por fm, tem novas rodas de 18" e pintura preta no rack de teto e nas capas dos espelhos laterais.
Do lado de dentro, a Citroën mexeu no console central para colocar uma central multimídia com tela flutuante. O display sensível ao toque não tem mais as saídas de ar nas laterais, que foram passadas para a parte de baixo e dar espaço para a tela crescer para 10 polegadas. Felizmente, os controles estão separados ao invés de serem integrados ao sistema. Por outro lado, não tem uma alavanca de transmissão, usando um pequeno interruptor para selecionar as marchas. Ainda traz bancos ventilados e com massageador, enquanto o acabamento é de Alcantara e couro perfurado nas versões mais caras.
Apesar de tantas mudanças no design, a Citroën optou por não mexer nas motorizações do C5 Aircross. Seguirá com o 1.2 turbo de três cilindros e 130 cv, ou o 1.5 diesel de 130 cv. Alguns mercados ainda contam com o 1.6 turbo de 225 cv. E, obviamente, manterá a opção híbrida plug-in de 225 cv, com o mesmo conjunto usado pelo Peugeot 3008 PHEV.
O Citroën C5 Aircross renovado estará à venda na Europa em meados do ano. Os preços ainda não foram divulgados, mas espera-se que comecem em 27.500 euros (R$ 174.108). Sua chegada ao Brasil ainda é um mistério. Apesar da marca ter prometido o SUV, ele nunca chegou ou nem mesmo foi avistado em testes por aqui.
Com a nova estratégia da Stellantis, posicionando a Citroën como uma marca com carros mais baratos, é possível que nem venha mais para deixar que a Peugeot cuide dos clientes que buscam algo mais caro com o 3008. Por outro lado, poderia ser uma boa vitrine das tecnologias da marca, mudando a percepção do brasileiro.
Fonte: Citroen
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