O dia que já esperávamos chegou. A Stellantis anunciou que irá deixar de fabricar o Uno. O modelo, que começou a ser feito e vendido por aqui em 1984, acumulou ao longo de 37 anos de história nada menos que 4.379.356 unidades fabricadas. Todos os Fiat Uno foram fabricados ininterruptamente em Betim (MG), primeira fábrica da marca no Brasil.
Para se despedir, a Fiat anunciou que a série limitada Ciao, palavra em italiano usada tanto como cumprimento quanto para despedidas. Ela terá apenas 250 unidades comercializadas, mas seus preços ainda não foram anunciados. Hoje, um Uno Attractive 1.0 parte de R$ 68.490. Como pode-se ver nas fotos, a edição especial traz alguns detalhes exclusivos.
A série limitada é numerada com um emblema que identifica a unidade e sua configuração é exclusiva, ou seja, não poderia ser comprada normalmente nem com opcionais. Todas as unidades são pintadas exclusivamente de Cinza Silverstone, com teto, retrovisores externos e spoiler traseiro pintados de preto.
As portas têm maçanetas na cor do veículo e um adesivo lateral com o nome "Uno Ciao" acompanhado da frase “LA STORIA DI UNA LEGGENDA”, italiano para “a história de uma lenda”. O visual é complementado por rodas de liga leve escurecidas de 14 polegadas e o logo UNO nas cores da Itália à esquerda da tampa do porta-malas.
Por dentro, o Uno Ciao trará um padrão mais escurecido e acabamento bicolor em tons claros nas portas e na faixa central que cruza o painel. Nela fica a plaqueta numerada, de 001 a 250. Destaque também para o apoio de braço para o banco do motorista. O motor é o veterano 1.0 Fire EVO flex de até 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque quando abastecido com etanol. O câmbio é manual de 5 marchas.
A lista de equipamentos contém ar-condicionado, direção hidráulica, quadro de instrumentos com tela de LCD, rádio com Bluetooth, airbag duplo, travas e vidros elétricos dianteiros, Isofix, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, freios ABS, bancos traseiros bipartidos e rebatíveis e console de teto com espelho.
Herlander Zola, diretor da Fiat para a América do Sul, afirmou que "ao longo dos seus 37 anos de mercado, o Uno se tornou um ícone e marcou a vida de milhões de brasileiros. Por tudo que ele representa para a marca e para a história da indústria automotiva, a sua despedida teria que ser à altura, mas em clima de celebração".
"O Uno foi o veículo mais vendido da Fiat na América do Sul, além de ter sido pioneiro em muitos quesitos durante toda a sua trajetória. É justamente essa vocação de inovação e modernidade que vamos manter viva na gama atual e futura da Fiat, sem dúvidas, iremos honrar o legado deste ícone. Por isso não damos 'Adeus', mas sim 'Ciao'", completou Zola. A dúvida agora é o que a Fiat quis dizer com "não damos adeus".
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