Uma das unanimidades no mundo automotivo é como o Honda NSX foi o carro mais icônico produzido pela marca japonesa, tão marcante que uma unidade da popular “Ferrari japonesa” (apelidado dado à época) foi parar em um Museu da... Toyota! Mas qual o sentido da principal conterrânea e rival ter o superesportivo da Honda em seu acervo? Descubra a partir de agora.
Antes de mais nada, quando pensamos em museus de automóveis, imaginamos que cada marca terá um acervo repleto de carros de variadas épocas e produzidos por ela mesma, à exemplo dos museus GM Heritage Center, BMW Welt e o Mercedes Musem – todos eles com uma coleção de veículos que contam a história de suas respectivas marcas. E alguns desses espaços não só contam a história das montadoras, como também às vezes são dedicados a um único modelo, como é o caso do Museu do Corvette no Kentucky, nos Estados Unidos.
Mas como tudo na vida há exceções, o Museu Henry Ford nos Estados Unidos e o Museu do Automóvel da Toyota no Japão vão na contramão disso ao ter em seu acervo modelos de outras marcas. No caso do espaço da Toyota, está em exibição um Honda NSX como adiantamos lá no início – o que de alguma maneira é uma forma reverenciar um dos melhores carros já feitos por sua rival. E se tratando do Japão, imaginamos que isso é uma forma de respeito pelo legado da marca concorrente.
Quem acompanha um pouco as análises e opiniões recentes sobre a primeira geração do NSX, sabe que lá nos anos 1990 ele deixou mais fácil a missão de dirigir um superesportivo, principalmente no quesito de usabilidade no dia a dia e confiabilidade – quesito que a marca japonesa sempre foi referência. Com isso, o NSX subiu o nível e tornou a “tarefa” de ter um superesportivo na garagem muito menos estressante, principalmente em relação aos temperamentais esportivos italianos da época.
Já quem testou o Honda NSX na época elogiava seu comportamento dinâmico, com direção afiada graças ao seu chassi afinado. Também não é para menos, já que durante seu desenvolvimento houve a participação de ninguém menos que o tricampeão mundial de F-1 Ayrton Senna, que corria pela McLaren Honda naqueles tempos.
O NSX vinha equipado em sua primeira fase com um motor V6 3.0 naturalmente aspirado VTEC que rendia 273 cv a 7.100 rpm e 29 mkgf a 5.700 rpm, cuja força era enviada para as rodas traseiras. Com câmbio manual de 5 marchas, dados de fábrica apontavam que o superesportivo de motor girador acelerava de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e alcançava os 270 km/h de máxima. Números que, apesar de não serem surpreendentes hoje em dia, estavam em pé de igualdade com os concorrentes da época.
E se você achou estranho a Toyota ter um NSX em seu acervo, saiba que a montadora conta com outros modelos da Honda. Antes do superesportivo chegar recentemente já estavam presentes por lá outros modelos históricos da Honda, como o Sport 500, o pequeno N360 e até mesmo o Honda Civic de primeira geração – que não tivemos no Brasil. Outros carros de rivais de longa data da Toyota também marcam presença como é possível ver pelas fotos, como um Mazda Miata e um Nissan Skyline GT-R R32 e até um Mercedes-Benz 190E.
Contar com diferentes marcas em exposição é o que torna acervos como o Museu da Toyota uma visita obrigatória para quem é apaixonado por tudo o que é relacionado ao universo automotivo. Além dos carros JDM, é possível ainda dar de cara com outros modelos europeus, carros de corrida e de rally de alguns anos atrás.
Fonte: Museu da Toyota (Facebook)
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